18.1.09

Maysa! A espiritualidade em forma de whisky e music

Não tenho costume de assistir novelas, minisséries, etc, mas admiro o talento daqueles que escrevem as novelas brasileiras. Adoro as coisas que o Manoel Carlos escreve pois acho ele um gênio nesse contexto. Aliás, no ano passado, rolou discussões no CCBB aqui no Rio com alguns especialistas em novelas. Queria ter ido, mas não deu.

Na minha infância, meu pai dizia que novelas, mini-séries, filmes de ação, etc, eram coisas do Diabo; dizia-me que era sinônimo de depravação moral, coisas de mentirinha, causa do fracasso dos lares. Lembro-me que assiti ao RAMBO III escondido porque se ele me visse vendo aquele filme, me daria um esporro, desligaria a TV e pediria para eu dormir. Hoje, acho isso pura babaquice, e considero as coisas da TV como sendo arte também pois tudo me ajuda a crescer.

Ver filmes, novelas, documentários, ler livros, ler a biblia, ler apóstolo Paulo, ler Paulo Coelho, participar de bate papos, viagens, tudo isso funciona como um mingau, uma sopa cultural. Deus e o Diabo se tornaram meus amigos intimos. Não culpo meus pais por pensarem daquele jeito naquela época, mas foi o jeito que eles aprenderam, e eles faziam as coisas pensando em me ajudar, achando que estavam fazendo certo em nome de uma segurança familiar.

Mas filhos não são fabricados para ficar grudado nos pais a vida inteira. Os animais nos dão exemplo, pois os pais cuidam deles até certo ponto, depois que eles crescem, precisam se virar, correr atrás e caminhar com as próprias pernas. Alguns conselhos dos pais vão funcionar para o resto da vida, outros não funcionarão e precisarão ser descartados porque a cabeça do filho é diferente da cabeça dos pais.

Honrar pai e mãe implica ter a coragem de analisar a multiplicidade de conselhos (pontos de vista dos pais objetivando o bem dos filhos) e saber aplicá-los ou descartá-los no decorrer diversas situações da vida. A diferença de gerações é um fator a ser observado e respeitado; como diz o poeta bíblico: há tempo prá tudo e cada tempo possui suas peculiaridades. Honrar pai e mãe implica ter a coragem de analisar a multiplicidade de conselhos (pontos de vista dos pais) e saber aplicá-los ou descartá-los no decorrer diversas situações da vida.

A primeira vez que li sobre Maysa foi em 2004. Comprei o LIVRO DE OURO DA MPB (a história de nossa música popular de sua origem até hoje) escrito por Ricardo Cravo Albin, editora EDIOURO. Estava viajando 05 de dezembro de 2004 de Friburgo para o Rio (fui no casamento do Diogo Rebel- o cara que me introduziu na MPB em 2000) e li esse livro que tem um trecho que fala sobre a cantora Maysa. Quando vi a propaganda que iria rolar essa minissérie, me programei para assisti e assim o fiz.

Destaco alguns momentos que instigaram minha reflexão. continua.

trecho de texto de Joevan Caitano (Joeblack).

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