No Brasil, vivemos o free speech boom. Há espaço para dizer o que se bem entender. Jornais impressos existem aos mil. (Quem quiser abrir um, fique à vontade!) As emissoras de TV também descobriram que dar voz ao povo pode dobrar o faturamento, pois significa ibope. Sem contar isso aqui denominado internet, onde qualquer um pode ter um lugar virtual — blog ou perfil em sites de relacionamentos, por exemplo — para publicar o que der na teia.
Dizem que na China não é possível falar o que quiser. A imprensa é controlada e a web censurada. Eu nunca fui lá para saber. Mas não gosto dessa propaganda ocidental de que os chineses são um bando de bois em direção ao matadouro montado por um governo tirano. E que eles estão pior que nós por não poderem expressar suas idéias.
A terra de Confúcio peca sim por não permitir que o cidadão se sinta livre em sua expressão, porém não suporto a pretensão típica do ocidente de achar que os nossos métodos são os melhores, e, por conseguinte, dignos de serem exportados para os quatro cantos do planeta.
Somos tão defeituosos quanto. E ai daquele que diga algo que nos desagrade! Entre os brasileiros, acostumamos a ouvir a pior de todas as censuras: “Você sabe com quem está falando?” Quando a liberdade é castrada aqui, ela atinge a alma. Porque o sujeito sabe que sua condição social o impede de se sentir livre de maneira plena. (Na igreja, já me alertavam quando criança: “Cuidado boquinha o que fala!”)
Sou contra qualquer tipo de censura, seja aquela produzida de modo descarado em Pequim, seja esta nossa velada no comportamento social tupiniquim. Medalha de latão para ambas! Censura? Nem aqui nem na China! Liberdade já!
Felipe Fanuel
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17.8.08
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