2.9.08

Nossa senhora

Da Lagoinha para Roma o caminho é longo. É por isso que vamos ajudar os caminheiros - a caminheira - a realizar o desejo oculto de seus corações: conhecer a Deus pela revelação de mais de 2000 anos feita aos apóstolos, príncipes da Igreja de Cristo - que subsiste na Igreja Católica.

A caminheira do mês é a batista da igreja da Lagoinha (BH), Ana Paula Valadão. Reconhecida nacionalmente como uma das principais vozes do meio, a pastora-cantora surpreendeu ao aproximar-se de um pensamento ecumênico incomum entre os protestantes do Brasil. Ana Paula ofereceu uma de suas composições ao Padre Marcelo Rossi e foi categórica ao afirmar na TV:


O evento não foi isolado. Anteriormente Ana Paula fez questão de aproximar-se do cantor católico Walmir Alencar e esclarecer um boato de que a cantora teria ofendido a devoção de católicos pela eucaristia, um mal entendido que estimulou jovens católicos a lotar a caixa postal eletrônica da batista com e-mails de protestos. No encontro a batista “abençoou” o apostolado católico de Walmir Alencar:


O sinal mais curioso de que a batista Ana Paula “aproximava-se” do catolicismo romano foi manifesto no ano passado por meio do blog pessoal da cantora, espaço no qual ela publica impressões pessoais. Surpresa para uns, escândalo para outros, a líder do grupo de música cristã mais famoso do Brasil, Diante do Trono, assume que a doutrina dos protestantes brasileiros relativa à confecção de imagens religiosas está equivocada porque impregnada de anti-catolicismo:


Publicamente não houve qualquer declaração de Ana Paula no que diz respeito a um suposto desejo de conversão ao catolicismo, mas nunca uma liderança protestante com prestígio semelhante ao da cantora ousou aproximar-se tanto dos católicos.Porque acreditamos que a conversão de Ana Paula Valadão tocaria na experiência cristã de muitos jovens protestantes, o nome dela foi escolhido para o início da campanha de oração por conversões de nossos irmãos separados.

Terço em mãos! Agosto é o mês de oração pela conversão de Ana Paula Valadão. O caminho seguro para Cristo é Roma e Ele não decepciona. Amém.

***A campanha de oração é uma iniciativa do Blogocop 3.0 e um convite a toda blogosfera católica. Cada mês uma alma em nossas orações! Porque ecumenismo é o desejo de uma unidade visível entre os cristãos e não meramente pneumática. Todos um na única Igreja de Cristo.

Além dos blogs citados no post aqui reproduzido, o blog católico Fidei Depositium também aderiu à divulgação da campanha.

fonte: blog O Possível e o Extraordinário [via Amenidades da cristandade]
montagem s/ foto: comunidade Santa Paula Valadão no Orkut
colaboração: Whaner Endo
Leia +
Tá certo que o rebanho anda uma esculhambação só, c/ presepadas p/ todos os lados... No entanto, será que não há itens melhores p/ os irmãos católicos absorverem? Na música, estão bebendo em músicas cujo prazo de validade expirou na década de 70. Agora mandam bala nesse papinho escroto de sectarismo... Como diz a Lady Murphy, “nada é tão ruim que não possa ser piorado". #prontofalei.

16 comentários:

Felipe Fanuel disse...

Uau! Ontem mesmo eu entrei no blog da Ana Paula e fiquei admirado com a quantidade de comentários recebidos. Mais de 150 para cada post! Uma média para dar inveja a qualquer blogueiro, sobretudo os que militam no ramo igrejeiro protestante. Ela é de fato uma pessoa influente.

Mas se a aproximação da Ana Paula com os/as irmãos/ãs católicos/as procede, vejo isso com muitos bons olhos. Afinal, como batista, posso dizer que qualquer esforço ecumênico institucional entre batistas nunca vingou em solo brasileiro, apesar de batistas em outros lugares do mundo, como a Inglaterra, serem assumidamente ecumênicos.

Acredito na unidade cristã e sonho com mais diálogo entre protestantes e católicos. Isso é bom. Não é ruim. Ana Paula merece aplausos pela coragem de suas declarações.

A sua fala sobre imagens está coerente e pode dar novo rumo para os debates mais fundamentalistas e proselitistas tão presentes nos discursos evangélicos.

Ana Paula está abrindo um debate interessante, do qual temos fugido há muito tempo. Já passou da hora de voltarmos os olhos para um cristianismo sem mágoas e arrogância entre católicos e protestantes, como é em qualquer país civilizado do mundo — com exceção da Irlanda, é claro.

Um abraço.

leandro ferraz disse...

Discutir como a arte,a produção e o uso de imagem no meio protestante é interessante. Discutir, apoiar o ecumenismo é um absurdo. A coexistência pacífica é possível e civilizado, não só entre evangélicos e católicos, mas entre todas as manifestações religiosas. Se formos cultivar o ecumenismo, então fechemos todas as igrejas, as denominações e migremos todos para a LBV...

Pavarini disse...

"Ecumenismo" ainda é um "palavrão" p/ muitos crentes. Sinceros em sua devoção, acreditam que terão de se ajoelhar diante de Maria e memorizar as encíclicas papais, em vez da Bíblia.

Exageros a parte, o post mostra que o preconceito é mútuo. É provável que um católico acredite que o ecumenismo o obrigará a participar de correntes dos 171 pastores, entre outras besteiras.

Lembro as palavras de C.S. Lewis: "Cada um de nós tem sua ênfase individual: cada um sustenta, juntamente com a fé, muitas opções que lhe parecem consistentes com ela, verdadeiras e importantes... estamos defendendo o cristianismo, não a 'minha religião'".

Enquanto minha lista de católicos admiráveis cresce a cada dia, não posso dizer o mesmo dos evangélicos.

Big abraço p/ os dois.

PS.: Se as considerações da Ana Paula nada têm que ver c/ questões mercadológicas, rugidos, digo, aplausos, calorosos p/ ela. =]

Felipe Fanuel disse...

Vou falar um pouco sobre esse palavrão para os evangélicos chamado "ecumenismo". Parece nome de entidade demoníaca, porque as pessoas não sabem do que se trata o termo. (A fala do Leandro revela isso.)

O ideal originário de ecumenismo carrega uma noção difícil de ser aplicada no espaço do poder eclesiástico atual.

Como se sabe, a palavra oikoumene significa “todo mundo habitado”, sendo empregada em Mt 24,14, quando, segundo o evangelista, Jesus vai dizer “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo (oikoumene), para testemunho de todas as nações”. Também, nos antigos concílios da igreja cristã, o termo “ecumênico” fora usado para designar a representatividade de todos os adeptos da fé cristã no mundo.

Ou seja, o sentido original de ecumenismo está longe da presente realidade das instituições cristãs. Hoje, com tantas divisões entre as comunidades eclesiásticas do cristianismo, dificilmente será possível aplicar a tarefa de pregar o evangelho por todo o mundo como igreja cristã. Afinal, qual é esta igreja cristã? Ela ainda existe? Definitivamente, as palavras mateanas não servem mais para os tempos atuais, caracterizados por desunião entre os cristãos, sobretudo os detentores do poder institucional.

É curioso que, nos tempos modernos, a preocupação pela unidade cristã tenha surgido de um problema observado pelas pessoas de outras religiões no campo missionário. Os supostos “pagãos” da Ásia e da África começaram a perceber as diferenças e as divisões entre aqueles que pregavam o amor a Deus e ao próximo. Esta incoerência forjou uma urgente discussão pela unidade cristã.

O fato é que o ambiente eclesiástico provou ser, através da experiência do Conselho Mundial de Igrejas, um lugar pouco apropriado a mudanças profundas que engendrem igrejas mais abertas e menos fechadas para a unidade. Não se viu ainda nascer entre as lideranças cristãs um espírito de igreja realmente comprometida com a unidade radical da cristandade, que realmente significa ecumenismo. Pelo contrário, cada dia mais as denominações cristãs se tornam ninhos de conservadorismos que desembocam em fundamentalismos hostis. Um exemplo disso é a tendência das igrejas hoje de buscarem afirmar suas identidades denominacionais, o que evidencia o engodo que foi a crença no início do século de que as diferenças das igrejas poderiam ser superadas.

Isso reforça a tese de que atualmente qualquer diálogo, dentro e fora do cristianismo, está fadado ao fracasso se depositar todas as fichas nas instituições. O caminho não-institucional parece ser o mais propício para se alcançar resultados satisfatórios. Afinal, é aqui que se pode chegar até as pessoas simples sem pretensões.

E, se assim for, novas possibilidades podem ser construídas no cotidiano de homens e mulheres, em especial no meio daqueles que se identificam com uma transformação social, que constitui um dos grandes objetivos cristãos. Para isso, entretanto, não se deve se prender aos ditames institucionais, que conduzem ao fechamento e não à abertura. Antes, o sagrado espaço de respeito ao outro, seja qual for a sua confissão de fé, deve ser cultivado e mantido, visando acima de tudo à unidade e ao bem comum.

Ecumenismo é uma busca pela unidade cristã, presente desde os primórdios do cristianismo. A palavra "oikoumene" é bíblica. Não tem nada a ver com a criação de uma mega-igreja, ou de vendermos nossas igrejas para o Vaticano.

Quem tiver alguma dúvida sobre isso digita no Google/Wikipedia "Conselho Mundial de Igrejas" (World Church Concil). Não precisa nem ler a quantidade enorme de livros sobre o assunto. É mais honesto do que opinar sem sequer saber do que se trata o assunto.

Sinceramente.

Felipe Fanuel disse...

rsrsrs

Pavarini,

Só agora vi seu post... Engraçado. Começamos do mesmo jeito.

hahahahahah

leandro ferraz disse...

"opinar sem saber do que se trata do assunto". Quanta agressividade.

Nem todas as palavras são aplicadas hoje no o seu sentido ou significado original do grego, como é o caso de ecumenismo. Olha só a referência do termo no Michaelis on line:

ecumenismo
e.cu.me.nis.mo
sm (gr oikoumenismós) Rel 1 Movimento universal de união das Igrejas Evangélicas (protestantes). - até aqui tudo bem - 2 O mesmo movimento estendido a todas as igrejas cristãs, abrangendo o protestantismo, catolicismo e os diversos ritos orientais.

Engraçado é que o segundo significado, o usado nos dias atuais, que se pregam essa união das crenças "abrangendo o protestantismo, catolicismo e os diversos ritos orientais".

É o mesmo que dizer: - Vamos pegar o melhor de todas as religiões (Cristãs, é lógico) e vamos formar uma nova doutrina que nos deixem mais unidos.

Francamente, prefiro manter minha opinião crítica em relação à igreja. Respeitar o próximo independente da crença, se é cristão, ateu, budista ou muçulmano (uma coexistência pacífica e civilizada) do que ser atraído pelos diversos modismos que estão impregnando as igrejas, principalmente as evangélicas.

Realmentem, no seu sentido original oikoumenismós é muito bonito, mas prefiro me alimentar do cristianismo puro e simples, sem as contaminações doutrinárias que nada mais fazem do que nos desvirtuar do Caminho.

Felipe Fanuel disse...

kCaro Leandro,

O fato, grave e indisputável, é que o seu comentário anterior usou a palavra "ecumenismo" sem sequer apresentar uma conceitualização mínima do que isso significa, o que faz parte de qualquer diatribe séria.

A partir disso afirmo o seguinte:
1. Não há nenhuma possibilidade de vínculo entre ecumenismo e fechamento de igrejas, pois nunca houve prova alguma de que o motivo mor de alguma paróquia ter cerrado suas portas foram os princípios ecumênicos;
2. Não há nenhum vínculo entre ecumenismo e a instituição beneficente LBV;
3. Ecumenismo é coisa de protestante. Os/as irmãos/ãs católicos/as só começaram a se interessar pelo tema de maneira oficial a partir do Vaticano II;
4. O termo "ritos orientais", citado por você, refere-se às igrejas ortodoxas da tradição cristã (russos, gregos, por exemplo);
4.1. Portanto, não tem nada a ver dizer que "ritos orientais" faz referência ao que você declarou: "Vamos pegar o melhor de todas as religiões (Cristãs, é lógico) e vamos formar uma nova doutrina que nos deixem mais unidos";
5. A unidade cristã é inspirada na oração de Jesus, de acordo com Jo 17,21-23;
6. O Conselho Mundial de Igrejas (CMI), principal instituição ecumênica hoje, foi fundado apenas por protestantes, e ainda hoje só tem os ortodoxos como membros além dos adeptos do protestantismo;
7. O CMI não é uma mega-igreja. As diferenças são respeitadas e não se busca eliminar a peculiaridade de cada tradição, mas encontrar um caminho de diálogo;
7.1. O meu comentário, como você deve ter percebido, faz uma crítica ao trabalho do CMI, porque fica no âmbito institucional — e as instituições estão perdendo força, além de serem propensas ao fundamentalismo.

Dito isso, fica como sugestão:
1. Antes de opinar sobre um tema é bom estudá-lo;
2. Não há problema em discordar, desde que haja base para isso, porque não concordar com algo só por ter ouvido ou lido um terceiro falando disso não é honesto;
3. Evite tomar uma crítica como agressão, já que a blogsfera não é um lugar para um bando de pessoas que não tem o que fazer ficar alisando o ego do outro, ou, o que é a mesma coisa, concordar. (O orkut talvez seja mais apropriado para tal!)

Um abraço.

leandro ferraz disse...

Ainda bem que isso não é um trabalho acadêmico, caso contrário teríamos que citar fontes, formatar nas regras da ABNT...

Cristianismo puro e simples é o que busco, como a blogosfera é um campo neutro, sigo com a minha opinião.

E continuo fazendo a crítica pelo que ouço e vejo no dia-a-dia, nas ruas, não no meio acadêmico que se preocupa e se ocupa com questões mais teóricas. No meio acadêmico, minha discussão está voltada ao neopentecostalismo e os discursos e as práticas da teologia da prosperidade, mas não vem ao caso...

Em relação às bases teóricas para falar sobre o assunto, verificando em alguns artigos do Paiva Neto, da LBV, pude ler:
- Artigo Relacionamento inter-religioso publicado no Jornal O Sul, em 4/2/2008. "Sobre possuir a LBV o status de vice-presidente do Comitê de Espiritualidade da ONU, difundindo a idéia do ecumenismo dos corações à Humanidade, Marcos Terena ressaltou: “(...) O papel da Legião da Boa Vontade se torna edificante e respeitoso no momento em que ela se apresenta não apenas como LBV, mas como um conjunto de forças religiosas que já tem experiência e pode contribuir melhor para os avanços da paz e do respeito mútuo entre as pessoas, entre os povos e, é claro, entre as religiões também”;
- Artigo A Vinha e o Ceticismo publicado no Jornal O Estado do Paraná, em 9/12/2007, "O que significa Natal Permanente de Jesus Ecumênico? É a ambiência melhor para o ser humano viver em sociedade, sociedade solidária, altruística, ecumênica, aquela que propaga o ecumenismo que se comove com a dor, e que, portanto, atua decididamente para levantar os caídos, alimentando-os e instruindo-os para que, como cidadãos, construam seu próprio destino, para o que é urgente espiritualizá-lo também";
- Artigo Somos um publicado no Jornal O Estado do Paraná, em 2/12/2007, "Na Seara da Boa Vontade, cultivamos a parte divina que existe em todos os indivíduos, esperando ser despertada para tornar-se eficaz no roteiro de sua própria evolução. Por isso, pregamos o Ecumenismo dos Senti­mentos Fraternos, que a tudo transcende, daqueles que anseiam unir‑se na construção de um futuro feliz".
Dentre outros, se acessarmos o site da LBV, aparecerá, no mínimo, 18 artigos citando o ecumenismo nas práticas e mentalidade da instituição.

Ou seja, caro Fanuel, a igreja está como nos meios acadêmicos: discute-se muita teoria e não se preocupa com a prática. As atenções da igreja devem voltar-se para o que acontece, também, fora dos templos. Pelo que pude perceber, a LBV, de uma forma talvez nada cristã, tem levantado a bandeira do ecumenismo. Em qualquer cidade que tenha um templo da LBV, como aqui em Uberlândia-MG, isso é notório.

É parceiro, tomo a liberdade de fazer minhas as suas sugestões e as ofereço de volta. Não vamos tratar as pessoas como bandos, soa mal e agressivo. Quanto a “alisar o ego dos outros” não é uma prática minha, não faço isso nem com os meus amigos, quiçá a um desconhecido. Procuro ser muito transparente, por isso tenho amigos. Quanto ao orkut, tenho um perfil lá também, mas só uso-o para manter contato com os amigos, apenas uma diversão, se quiser me localizar e adicionar, aceitarei de bom grado.

Abraços fraternos.

Felipe Fanuel disse...

Caro Leandro

A LBV utiliza a categoria "ecumenismo" do jeito que ela quiser. Os jornalistas fazem o mesmo. Muita gente acha que ecumenismo significa todas as religiões se ajuntarem. Muita gente acha que diálogo inter-religioso significa que todos os caminhos levam a Deus.

Mas o que estou discutindo com você é que "ecumenismo" tem um sentido de tradição bíblica e protestante. Essa tradição não se relaciona com a LBV.

A propósito, já que você saiu do tema origem do ecumenismo, não precisa se dar o trabalho de dizer do que se trata esta entidade. Eu a conheço muito bem. Fazem um trabalho beneficente digno de aplausos aqui no Rio de Janeiro, do qual tive o privilégio de contribuir uma vez. Bem que os cristãos poderíamos imitá-los.

Um abraço de um outro mineiro.

Studio pk disse...

Na verdade, nunca postei nada num blog, porém recebo regularmente o "Pavazine" e me achei no direito de dizer alguma coisa também...
A despeito do que vão me dizer, ou das pedras que me atirarão, não posso deixar de apresentar minha curiosidade sobre o que disse o Felipe Fanuel... como católico apostólico romano (a Santa Madre Igreja vai muito bem, obrigado), salta-me aos olhos que um evangélico (diante de muitos que conheço, o bom seria não generalizar) tenha a mente aberta e sadia a ponto de tecer comentários tão propícios.
Só fico surpreso em ler que "Ecumenismo é coisa de protestante", e que nós só começamos a nos interessar pelo tema após o Concílio Vaticano II... bom, eu nasci em 1970... a Igreja que conheci é, por assim dizer, fruto deste Concílio, sem contar que algumas das realidades que nasceram no Concílio ainda estão sendo implantadas. A História é um processo lento, não é mesmo?
Continuando, emociona-me que os irmãos evangélicos nos chamem de "irmãos" também, pois ao longo de trinta e oito anos ouvi coisas bem diferentes. A maioria dos evangélicos que conheci desprezavam-nos ou mantinham contra nós uma fúria que me deixava perplexo.
Mas estes maus evangélicos ainda estão por aí, visto que se diz num post anterior "apoiar o ecumenismo é um absurdo". O moço não tem vergonha de escrever isto???
Realmente a idéia de se fazer uma "igrejona" mesclando todas as igrejas cristãs, hoje, seria até um pouco ingênua.
Mas ao Felipe Fanuel digo que não se envergonhe, que fique tranquilo, em nossa Igreja há coisas do tipo também... há quem erroneamente condene nossos Irmãos (sim, com letra maiúscula) evangélicos. Desconhecemos muitas coisas sobre eles. Há entre eles pessoas fantásticas, cristãos verdadeiros e sem uma mente fundamentalista como bem lembrou nosso amigo Felipe.
Triste é também que assim como desconhecemos, somos desconhecidos. Alguns dos evangélicos, por ignorância, me disseram muitas vezes que o tesouro da Igreja Católica é feito de muito ouro no Vaticano... esses mesmos que lá nunca estiveram... eu estive! E afirmo-vos do fundo do coração que TODO OURO DO MUNDO é o mais repugnante LIXO diante dos tesouros que a Igreja tem... o Cristianismo! Sim, senhores, escondido, velado, onde os olhos da soberba e da pretensão não podem ver, existe uma religião diferente, chamada CRISTIANISMO! Ser cristão é muito mais do que ser católico, evangélico, anglicano ou ortodoxo... e isso sim é o que interessa, mas não damos importância!
Há católicos que não são cristãos (e são muitos)! Há cristãos que não são católicos! E isto, meus irmãos, vale também PARA TODA E QUALQUER igreja cristã no mundo.
Cristo hoje olha para sua igreja e a vê dispersa, dividida. Precisa ter doutorado, ser pastor ou padre para entender a expressão "aquele que arranca o que divide"? Se o que nos unisse fossem os rótulos, estaríamos fadados à separação incondicional. Mas o que será que nos une? Cristo diz "não falo de todos vós", não é mesmo?
Prometo não tomar todos os evangélicos pelo que é contra o Ecumenismo, se o Felipe prometer não considerar os católicos que falam bobagens...
Meu abraço e meu respeito a todos os irmãos evangélicos.

Fábio H.C.L. disse...

A cada dia crescem a quantidade de igrejas e líderes que longe estão da sã doutrina Bíblica.
Nestes lugares que mais perto chega da palavra 'igreja' (em seu sentido real) é a palavra, idêntica, escrita na placa do lado de fora.
Creio que essa 'união' entre diferentes crenças e filosofias é necessária para haver seguidores do tal do falso profeta.

Schiu Freitas disse...

Isso só prova q os envangelicos são pessoas civilizadas e respeitam a religião dos outros, a Ana é apenas um exemplo disso.
Inclusive existe um projeto de unificação das igrejas evangelicas liderado pela Lagoinha.

Pavarini disse...

Projeto de unificação das igrejas evangélicas liderado pela Lagoinha, Schiu?

Ai meldels... =]

Big abraço

Anônimo disse...

Para mim isso nem fede e nem cheira, aliás, cheira ao apocalipse. Graças a Deus a única influência na minha vida é Cristo. Todos os evangélicos podem passar a ser budistas, católicos, espíritas, satanista, muçulmanos, etc e etc e tal. Eu continuarei a revenciar somente o Senhor Jesus e abraçando cada vez mais a Sua conversão na minha vida.

Studio pk disse...

Caro João Filho...
Dizer "minha vida", "Eu continuarei"... me parece incompleto... aliás, se Cristo fosse tão individualista, nem teria vindo ao mundo...
Mas diga, quem é o "seu" Senhor Jesus e o que ele faz (concretamente, não teorias evasivas) na sua vida?

Felipe Fanuel disse...

Caro PK,

Obrigado por chamar minha atenção para um detalhe...

Ecumenismo institucional, no nível mundial, no sentido de se ajuntar grandes denominações cristãs, que resultou no Conselho Mundial de Igrejas (CMI), vingou mais entre protestantes — é melhor que "é coisa de protestante". A Igreja Católica até hoje não é membro oficial do CMI. Participa como observadora, e é muito ativa nos debates ecumênicos teológicos que acontecem no âmbito do CMI.

Veja que hoje, no Brasil, o ideal de unidade cristã soa mais natural entre vocês, católicos, do que entre os protestantes. Se você olha para o CMI, a maioria das igrejas é protestante, mas quase nenhuma reflete a realidade brasileira. (Há exceções como a Igreja Brasil para Cristo, que até um dia desses era membro ativo do CMI)

É por isso que faço uma crítica ao ecumenismo institucional. Ele enfrenta forte resistência nas igrejas brasileiras, por "n" razões, entre nós a principal é o fundamentalismo. Entre vocês, não sei dizer. (Para exemplificar, recentemente, precisei, no Rio de Janeiro, encontrar um padre para celebrarmos um casamento de um casal, cujo noivo era batista e a noiva católica. Nenhum padre, dos que tentei, topou. Tive de celebrar sozinho uma união ecumênica.)

Um abraço.

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