14.12.08

Coitados deuses do mato

A indiologia yanomami dos caridosos, que com rosas apreciam o infanticídio dos primatas, hoje se encontra em papéis jornalísticos interessantes que corroboram certa divinização dos priscos bípedes. A simples afirmação de que agem caricaturados como selvagens natos fere conseqüentemente a divina-cultura, em desrespeito a essa poesia milenar de sórdidas simbologias demonstradas às ONGs espantadas com tamanha civilidade: selvagens não, culturais.

Exemplifica o cultural antropólogo que “as mães têm o poder de escolher a prole, mediante concepções anteriormente definidas, como a rejeição ao filho mentalmente deturpado ou fisicamente deformado”.

Notável.

Bastasse a assumição da selvageria, e com ela teríamos o alicerce irrevogável da necessidade de distância e exclusão dos tais à civilização; uma posição politicamente incorreta, reconheço, visto a tendência dos bípedes em abraçarem as benesses da pós-modernidade como o símio que assimila a utilidade da rude caverna. A selvageria é restrita a áreas concebidas em suas utilidades; encontrá-los lendo Keynes é de praxe a tendência dos futuros administradores de terras abastadas, devolutas, tão somente sacramentais aos quase-extintos.

Os milenares são Cultura Contemporânea: esmagam a cabeça da criança com celulares em mãos conectados às cotações atualizadas de ouro e soja.

O desenvolvimento da intelectualidade capitalista, e o culturalismo primitivo dos selvagens, faz-se em frases e termos de beleza helênica à tentativa do convencimento alheio às lições do antagonismo: aprendemos com os tais que é possível conciliar conforto e práticas acivilizadas, digo, culturalmente persistentes.

São os deuses do mato divinizados que na proliferação do coitadismo indígena conseguem façanhas das mais intrigantes.

Filipe Liepkan, em O Templo Felpo.

Leia +

"é bonito escrever o que se pensa. é privilégio do homem. em toda a nossa itália, só o se escreve o que não se pensa... não ousam ter uma idéia sem a permissão de um dominicano" (procurante, personagem de voltaire).

a questão indígena – uma luta desigual (ultimato) leva a discussão p/ o ambiente acadêmico, ilustrando a falência de expedientes do tipo "marcha profética" e bobagens afins. um tema importante que ainda permanece fora de qq tipo de discussão dentro da mornidão do aprisco.

2 comentários:

Anônimo disse...

Verborragia para impressionar...nada mais que isso. (Já que o comentário aprova que se escreva o que se pensa)

berna disse...

essa verborragia, me deu trabalho, acho que nessa brincadeira perdi alguns neurônios. rsrs

Mas, eu sinceramente gostaria de ajudar, mas não sei como.

Blog Widget by LinkWithin