O ateísmo demonstra-se sóbrio nas concepções iminentes à religião, colocando-se sarcasticamente na posição do espectador que aprecia o teatro das convicções à conseqüente anulação do criticismo; o ateísmo se faz com a crítica. Em vínculos forjados na bajulação da religião como inibidora do desenvolvimento da razão teórica e experimentalista, a ciência porta-se em subjugar a crença aos critérios da própria crença, a religião à mesma religiosidade.
A literatura ateísta nos demonstra que desde céticos a romancistas, de pensadores a meros ativistas, é nos dado o prazer de observar pelos olhos do não religioso as devidas impressões.
Cumpre formalizar que algumas são oriundas de sabedoria constatada e reflexiva, não somente de seu iniciante mestre, porém dos seguidores. A estes o ateísmo presta homenagens interessantes, como que indicando o desenvolvimento necessário que a religião, ainda que tão somente uma forma abastada de reunir conceitos acerca da divindade, pode ensejar ao homem.
Tal não ocorre com o cristianismo, de fato. Sua ridicularização no meio não religioso nos oferece indicações acerca do empecilho.
O cristão contemporâneo tornou-se reprodutor das concepções apostólicas, que tentaram os pilares da teologia incumbir às palavras de Jesus Cristo. Este, que se fez homem e superior aos ideários do próprio homem. Os pilares esbravejantes, quando não assumida a tendência de subjugar os termos de Jesus aos termos da Humanidade, apontaram: as palavras dos apóstolos são as palavras de Jesus Cristo.
Uma afirmação intrigante, e categórica.
Nietzsche joga as cartas na mesa, construindo o argumento devastador de ser Jesus Cristo o primeiro e último cristão nascido. É a visão do não religioso, que observa atentamente os seguidores de seu Mestre.
Sobre religião, temos de aprender com os ateus.
Filipe Liepkan, no blog O templo felpo.
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28.12.08
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4 comentários:
verdade, já notei isso conversando com uns ateus. a cristianismo não é respeitado pela sua estrutura totalmente defasada.
e o interessante, citaram inclusive calvino e o conservadorismo de nicodemus rs
Gosto do ceticismo, é interessante porque são novos caminhos a descobrir o como funciona a mente do Criador.
Graças ao ceticismo temos a ciência que até hoje não conseguiu comprovar a inexistência de Deus.
No fundo a sobriedade do ateu o leva à mesa de um buteco para discutir se Deus existe.
Falem mal, mas falem de mim.
kkkkkkkk
Cristina Coelho
Aprender sobre Deus com os ateus?...Essa foi boa mesmo; a maior do dia...pensei que já tinha ouvido de tudo.
pr júlio,
importa-me saber se da mesma forma que "não vive sem a maravilhosa instituição" (texto do alysson), também tenta trazer dos palcos sua personalidade totalistarista.
abçs
Andréia
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