O que Deus é senão
o inconcebível
que de vasta magnitude
limpa pés de homens tolos
merecidamente desprezados
em cada parte pútrida
de suas infetas peles.
A Graça consome o entendimento
como é a humanidade perecível
no levedo da misericórdia
e piedade dissimuladas
como cães famintos legiferantes olheiros.
Homens reivindicantes
de tamanha inconsistência
fazem-se piedosos
naturalmente inspirados pelo Divino.
Adentram em abismos do embuço.
Fatos do dissímulo.
A penitência que chora
as próprias lágrimas compenetra-se
na inutilidade da alma. É o enigma.
Seja a alma face esquerda e tortuosa
da humanidade como a deformidade
ao alterco da majestosa flor ruidosa
em se lançar alheia aos
limites do grande jardim.
A alma que chora ainda prende
diz o poeta grande jardineiro.
O Amor Divino entrelaça o repugnante
ao homem preponderante miserável
de espírito e mente. Como entender a Ti?
Calo-me perante o inominável
e admiro o resplendor da Piedade.
Deus é poeta andarilho em jardins
desde o prólogo de todo mito.
Filipe Liepkan, no blog O templo felpo.
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25.1.09
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