LEVO minha menina na calçada, pelo lado de dentro, o da parede, que é o lugar da moça no passeio público, que é o lugar que diz o status do enlace para o mais lesado dos transeuntes. do lado de fora, a bonequinha na beira do asfalto, é amizade; do outro, como na coreografia dos meus passos de fred astaire do crato, do hellcife ou das augustas: romance, namoro, amor de muito, amancebo social clube.
Levo ao cine, ao concerto de rock, ao original olinda style, à tapioca, às quiches com alface americana ou aos três acordes arroz, feijão e bife -por favor, uma farofa de ovo e uma cerveja preta, please, sim, ela ama uma banana assada, noooossa!, traga.
Não esquecer de levar também, viu, para comprar vestidos e roupas de veraneio, q prazer nada viado aquele barulhinho da cortina dos provadores vagabundos. levo porque levar é a grande função do bicho macho contemporâneo nesses tempos de frouxidões e covardias no atacado e no varejo.
Levo de avião ou de busão, mas sempre mantendo a classe, levo, pq o resgate do cavalheiro roots está no levar a dama na riqueza ou no pé-sujo, na cachaça ou na campanhota, no free jazz ou no bolero, levar a moça, inclusive, para conhecer as nossas contradições, talvez a mó fortuna crítica dum homem.
Levar e não esquecer dos degraus e altos e baixos da cidade, donde damos uma mão como amparo e prova inconteste do amor que sobra em todos os nossos membros... inferiores, superiores, robóticos, polvos de todos os mares trabalhando para o bem-estar, conforto e requinte da pequena.
Xico Sá, no Blônicas.
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