Guerras religiosas são chatas. Bíblias e outros livros grandes são atirados pelas fronteiras de países. Pregadores são guerreiros chatos. Padres e pastores fazendo guerrinha de água-benta. Legal mesmo era ver batalhas como em 300. Que os céus me perdoem, mas ateus lutam melhor e, graças a Deus, Hollywood é judia mas não tem medo de fazer sangue, suor e lágrimas jorrarem das telas IMAX.
Poucos assuntos são tão polêmicos. Há famílias que trocam o peru natalino por uma folhas de alface. Converteram-se rigorosamente ao vegetarianismo e santificaram a vaca. Mal sabem que com isso, deram gás ao aquecimento global, ao desmatamento da amazônia e influenciaram novas canções sobre vacas, animais, vida no rancho e outras coisas que sertanejos gritam.
Com tanta chuva em São Paulo, carros boiando e pessoas inaugurando o novo piscinão metropolitano, não dá pra duvidar que exista, em algum ponto da cidade, um homem chamado Noé, com uma arca cheia de bichos e pessoas importantes como Clodovil e Angela Bismarchi. E não, você não foi convidado.
Imaginemos algo cinematográfico, com meteoritos caindo, terra tremendo e inundações. Medinho, né? Bom, isso, na verdade, já acontece todos os dias. O mundo termina a cada dia que passa e a gente mal percebe, é so ver o FML ou o VDM. Com tanto vilão como Bin Laden, Bill Gates e Telefônica, fica difícil ter medo do Diabo, um cara que mora embaixo da terra, usa vermelho e gosta do calor. Soa meio micareteiro e piegas.
Se o mundo acabar, que seja em barranco para que os brasileiros fiquem encostados. Ou, se preferir, que se acabe em doce para que fiquem melados. Nessa terra onde não acontece nada, a desgraça cotidiana é tão grande que fica difícil não torcer para que o fim chegue e a gente possa ver como é. E se, no final, Obama, Lula e Steve Jobs forem mesmos salvadores do mundo, grandes messias, que seja assim. Afinal, o que não falta é coisa para ser salva. Jesus, apague a luz.
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