O problema da fundamentação da fé em instituições representativas é sua não sobrevivência se com os cativos não acompanhar a desesperadora batalha. As famigeradas reafirmações convictas obtiveram êxito no corpo cristão pela necessidade intrínseca da fé belicosa; a fé que se estabelece entre os abismos das confirmações e o dualismo oriental divino.
A similaridade contemporânea entre Estado e instituição religiosa - por meio dos devidos conceitos que circundam a temerosidade evidente, o temor ao Inimigo - não é mero percurso intuitivo.
Reafirmar Satanás e tê-lo como real opositor aos intuitos divinos é estabelecê-lo a outra face da mesma fé que deveria tão somente abraçar o evangelho. A instituição, portanto, cumpre seu papel, tal qual o Estado, ao organizar a credulidade em um pêndulo de vitórias e derrotas por meio do eterno pavor das garras malignas do oponente.
Tal interessante relação amistosa dos corações convictos para com a fé fundamentada na batalha maligna deve ser observava com atenção dobrada. Enquanto que o menosprezo era evidente nos atos de Jesus Cristo quando Satanás intrometia-se como um rato faminto, a composição da oração penitente não se completa sem a citação do chamado Devorador nas rodas de fervores afirmativos - um detalhe que deve ser constantemente lembrado. Os cristãos reunidos para a batalha dos temores demoníacos agem como o gado rodeado pelo lobo que nada faz senão balbúrdia: necessitam de instrução, e cercas.
A fundamentação da fé temerosa credita valores extremos à falsificação da espiritualidade pelo positivismo hermetista.
E com ele temos a máscara do otimismo exacerbado, como crianças que apontam ao saboroso pirulito, obscurecendo o temor dos crédulos em troca da segurança institucional religiosa; a sólida proteção ao pavoroso rebanho.
Filipe Liepkan, no blog O Templo Felpo.
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12.10.08
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Um comentário:
Será que o que ele tá querendo dizer é isso: se pois o CRISTO vos libertar verdadeiramente sereis livres? perdão mas tive um certa difculdade para assimilar.
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