“A simplicidade é o que há de mais difícil no mundo: é o último reduto da experiência, a derradeira força do gênio.”
George Sand
Assunto encerrado. Deu e continuará dando Wii na cabeça. O game da Nintendo – especialista no assunto – ultrapassou sobre todos os ângulos de análises os concorrentes Microsoft (Xbox) e Sony (Play-Station) – generalistas no assunto –, e daqui para frente só abre dezenas e dezenas de corpos de vantagens e obriga os outros dois players a se repensarem. A última barreira foi superada. A partir de junho de 2008, nos EUA, único mercado onde ainda perdia para o game da Microsoft, o Wii da Nintendo vendeu 666 mil consoles, contra 405 mil do PlayStation 3, e 219 mil do Xbox360. Nesse mês, e mesmo tendo sido lançado um ano depois do Xbox, totalizou 10,9 milhões de unidades vendidas, contra 10,4 do até então líder.
De novo, e como os especialistas já previam há mais de dois anos e por ocasião da chegada da nova geração de videogames ao mercado, a história se repete. De um lado empresas que idolatram seus produtos e veneram a tecnologia, desfilando, permanentemente, indisfarçável arrogância: Microsoft e Sony. Do outro, uma empresa especializada no que faz e só faz isso e cada vez mais, que não tem o menor apreço pela tecnologia concentrando-se exclusivamente em desenvolver e produzir o que, verdadeiramente, o cliente quer, a Nintendo.
E assim, não poderia acontecer diferente. Microsoft e Sony produziram videogames irretocáveis em termos tecnológicos e de acordo com seus engenheiros eletrônicos. Nintendo produziu o Wii, privilegiando a alegria, o prazer, a emoção de pessoas e seus familiares de se encontrarem e de se divertirem durante horas, em frente a uma tela. Abrindo mão da perfeição do produto para garantir a satisfação total e plena dos clientes. O resto, daqui para frente, e por muitos anos, é história. Wii na cabeça. O business do videogame tem um Wiinner.
Mas o comentário não acaba aqui. O Wii, depois de derrotar seus concorrentes específicos, começa a infernizar a vida de todos os demais produtos e empresas. Desde a nona geração do marketing, a da Timeless Society, e nos processos de planejamento, além da moeda dinheiro, as empresas passaram a considerar a moeda tempo.
Rapidamente descobriram que a moeda dinheiro tende a crescer, mas a moeda tempo só faz diminuir. E o Wii, hoje, já toma parcela expressiva do tempo de recreação das famílias que compraram o videogame da Nintendo. Tempo esse antes alocado para ver televisão, navegar na internet, passear no shopping, ler revistas, livros e jornais, ir ao restaurante e ao cinema, namorar e muito e muito mais. Ou seja, e ainda no início do processo, o Wii já está infernizando a vida de centenas de players que não tem nada a ver com games, mas já começam a sentir as conseqüências de seu sucesso.
Francisco A. Madia, no Propaganda & Marketing.
Adivinhem qual presente meu sobrinho Henrique quer ganhar no Natal? Nananina. Não é o CD natalino do André Valadão... =)
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