10.11.08

50 anos depois reina a pizza

“Vivemos numa época em que a pizza sempre chega antes da polícia.”
Jeff Marder

Dentre todas as polêmicas que habitam a internet, uma das que pontificam é a que se refere ao ranking das maiores cidades do mundo. Na média das diferentes informações a conclusão a que se chega é que considerando-se exclusivamente a população da cidade, São Paulo é a quarta colocada com 11,016 milhões de habitantes, antecedida por Bombaim em primeiro com 13,073 milhões (Índia), Karachi com 12,315 milhões (Paquistão), Delhi com 11,505 milhões (Índia), vindo Moscou na quinta colocação com 10,654 milhões (Rússia).
Se considerarmos a área metropolitana das cidades, também chamadas de “a grande Tóquio”, “a grande São Paulo”, o ranking passa a ser o seguinte: 1º lugar cidade de Tóquio, com 34,1 milhão; 2º cidade do México, com 22,650 milhões; 3º Seul, 22,250 milhões; 4º Nova York, 21,850 milhões; e 5º São Paulo, 20,200 milhões. Todo esse intróito para dizer que na quarta maior cidade do mundo, ou na quinta maior área metropolitana, 50 anos depois da conquista da primeira Copa do Mundo, onde prevalecia o arroz, feijão, bife e fritas, hoje reina absoluta a pizza!
Nos principais bares, botecos e restaurantes populares da cidade, onde se realizavam as refeições fora de casa nos dias da semana e de trabalho, existia um cardápio fixo para cada dia. Na quarta, e como até hoje, prevalecia a feijoada; na quinta, o macarrão; na sexta, um peixe/bacalhoada. E na segunda e na terça, o picadinho e o virado de feijão.
Em 1985, e consciente dos novos tempos e hábitos, a Secretaria de Turismo do Governo do Estado de São Paulo, por iniciativa de Caio Luiz de Carvalho, proclamou o dia 10 de julho como o Dia da Pizza. Era a consagração de um velho hábito trazido para a maior cidade do País pelos imigrantes italianos.
Os números são de arrepiar: 43 milhões de pizzas por mês! Segundo a AsPiUn – Associação das Pizzarias Unidas, são mais de 1 milhão de piz-zas de tamanho grande todos os dias e mais de 5 milhões nos finais de semana. São 7,2 mil pizzarias registradas na Associação que representa a categoria, mas estima-se que ainda existam mais de 1,5 mil pizzarias trabalhando na informalidade.
O faturamento desse mercado, de acordo com a associação, ultrapassa os R$ 4 bilhões por ano. Esse número traduz-se em 350 toneladas de farinha de trigo, cem toneladas de queijo mussarela e 80 toneladas de molho de tomate. Se os sacos de farinha esvaziados anualmente fossem colocados lado a lado se estenderiam da ponta sul a ponta norte do País: mais de 5 mil quilômetros.

Se fizer mal, paulistanos de verdade e paulistanos por adoção morrerão entupidos de pizza. Se fizer bem, viverão muito mais do que outros brasileiros. O tempo dirá. E enquanto escrevíamos este comentário, milhares de pizzas foram devoradas, prevalecendo em primeiríssimo lugar as de mussarela, seguidas por margherita e quatro queijos.
Francisco A. Madia, no Propaganda & Marketing.
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Um comentário:

berna disse...

é parece que em São Paulo tudo termina em pizza.(rsrs).

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