9.8.08

Sabadão Cult (66)

Aê galera,

Noite gelada em Sampa. Pra contrabalançar, escolhi alguns textos um tanto calientes... =]

A edição de hj do Sabadão contou c/ a colaboração sempre bem-vinda de três amigos: Ana César, Laion Monteiro e Marcos Henrique. Muuuito obrigado!

Big abraço

Coragem pra seguir viagem (3)

Jack Kerouac
via fonte: blog do João Paulo Cuenca

Seja feita a nossa vontade

Dele, consta apenas o que Platão registrou acerca de Sócrates, durante o Banquete, em que cada um discutiu Eros de seu laptop via Twitter. Abaixo, o essencial do pronunciamento do Mestre:

"É estranho que alguns leitores não possam distinguir entre o conteúdo de um blog pessoalíssimo como este - que, afinal, é *meu* espaço, onde escrevo do jeito que eu quero justamente porque isto aqui independe do julgamento de um patrão - e o que faço como trabalho, fora do blog", protestou.

E esta lição nos chegou aos dias de hoje, num post empoeirado que Diógenes, O Cínico, teria tentado marotear, porém o vandalismo histórico foi impedido, graças a que Diógenes teria sido detido por uma vontade irreprimível de cochilar à sombra de uma oliveira. Ou de uma Olivetti. E é por isso que hoje sabemos de toda essa lambança filosófica a respeito do conteúdo de blogs não comprometidos com qualquer outra coisa senão a vontade de seu autor.

Filosofia é o bicho! Viva o IFCS!

Cecilia Giannetti

Quero de novo cantar

Toquinho e Vanda Breder em homenagem a Vinicius de Moraes. A parada rolou no Festival de Jazz de San Javier em 2006.

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Sublimidade

Precisamos não apenas de livros didáticos mas de pessoas que eduquem por meio de seus atos.

Confesso ter amor pela efervescência contida nas idéias. São elas que modificam as pessoas, para melhor ou para pior. Influenciam nossa maneira de interpretar o mundo e afetam o que nos acontece. Transformam nosso horizonte imaginável, às vezes elevanfo pessoas a grandes alturas, outras vezes conduzindo-as à insensatez ou à violência.

Temos a tendência de esquecer que o chamado senso comum nada tem de comum e nem é, tampouco, meramente senso.

A vida moral é como "burguês ridículo", personagem de Molière rico em clichês.

Rabino Jonathan Sacks, em Para curar um mundo fraturado (Séfer).

Leia + trechos na comunidade Livros só mudam pessoas.

Em teu(s) seio(s), ó liberdade (2)

Assim como tantas obras clássicas italianas, o quadro A verdade desvelada pelo tempo, do pintor Giambattista Tiepolo (século XVIII), exibe um seio nu. Uma reprodução desse quadro está na sala de imprensa da sede do governo da Itália e serve de cenário de fundo às entrevistas oficiais. Assessores do primeiro-ministro Silvio Berlusconi consideraram a imagem ofensiva e retocaram a nudez porque volta e meia o seio aparecia ao lado de Berlusconi. Agora a obra está pudica, mas estragada. Gente culta é outra coisa.
fonte: IstoÉ

Tudo entregarei (10)

A pessoa que está presa por algum afeto a alguma coisa, mesmo pequena, não alcançará a união com Deus, mesmo que tenha muitas virtudes. Pouco importa se o passarinho está com um fio grosso ou fino... ficará sempre preso e não poderá voar.
São João da Cruz
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Coragem pra seguir viagem (2)

James Joyce
fonte: blog do João Paulo Cuenca

Gosto de nada

Da última vez que nos vimos até agora faz apenas três dias e poucas horas. Mas pra mim parece uma eternidade. Talvez um pouco menos que isso. E não pense que é porque sinto sua falta, morro de saudades, preciso falar e sentir você de novo. Não é nada disso. É que não sei esperar e meu pensamento funciona muito mais rápido do que eu gostaria (não era eu que queria aprender a meditar?). Queria poder esperar um mês ou um ano pra dizer o que penso agora, mas não sei se consigo.

No meio do engarrafamento das dezoito e trinta pensei o quanto ficamos no raso. Conheci pessoas que namoraram, casaram e engravidaram nesse tempo, em apenas dois meses – um exagero. Longe de querer isso para mim e você, mas pelo menos achei que poderíamos ter nossa música, ter nosso lugar, ter nossas próprias piadas, ter nosso restaurante, ter nosso filme. E nesses três poucos dias, imaginei que não vai demorar muito para eu esquecer você. Um amigo falou: faltou intensidade. Concordei e pensei mais ainda: tava muito morno. E morno, só banho.

Ainda não consegui, nesses três poucos dias, entender o que aconteceu pra você, como me disse, desacelerar. Sei que são coisas que não se falam, por diversos motivos. No alto dos meus mais de trinta anos, aprendi que é melhor não perguntar. Quem pergunta o que quer ouve o que não quer. Melhor o mistério do que ouvir que você deixou de se interessar por mim, que viu defeitos, que se apaixonou por outra, que queria apenas uma distração e agora não quer mais. Minha
auto-estima não tem infra-estrutura para tais verdades.

Vou tentar esperar um mês para dizer tudo isso. Ou nem vou chegar a dizer porque daqui a trinta dias já vou ter esquecido tudo que disse respeito ao tempo em que ficamos juntos. Você vai passar sem nunca ter existido. Totalmente sem dor e sem amor. Totalmente sem graça. Fazia tempo, exatamente dezesseis anos, que não tinha um relacionamento tão insosso. E, por mais estranho que seja, provavelmente vou agradecer por ter sido assim.

Elisa Quadros e Valeria Semeraro, no blog Redatoras de merda.
ilustração: Maurício Nunes

100

100 pôr do sol
100 emprego
100 viagem
100 cerveja
100 cigarro
100 cachaça
100 vinhos
100 fondue
100 mesa de bar
100 inspiração
100 idéias
100 compaixão
100 passado
100 pala
100 você
100 poesia
100 angústia
100 fazer sobremesa de morango pra você
100 anos
100 clareza
100 Geo
100 passos ao além
100 teto
100 desejo
100 encenação
100 cortes
100 tesão
100 fome
100 massa
100 roteiro
100 controle
100 faculdades
100 amores
100 o que quiser que seja
100 o que quiser que fosse

Letícia Ribeiro, no Caralhaquatro.

A culpa é do carro

Não bebo mais gasolina.

Madrugada passada assistia a um debate sobre a lei seca. Eu não dirijo há anos, há anos que não tenho mais carro, mas acho que tenho direito a atropelar uns meliantes. Tenho direito à fratura exposta, à falência múltipla dos órgãos. Essa nova lei nos priva dos riscos. E sem riscos não há vida...

Também detona com o delicado equilíbrio dos planos de saúde, das seguradoras de automóvel, da fábrica de mertiolate, até da polícia rodoviária. Com menos acidentes no trânsito, muita gente sai perdendo. Sem falar nos bares, nos restaurantes...

Sofismas à parte, o que nunca se coloca nessa discussão é a culpa do carro em si. Anos e anos incentivando o transporte rodoviário individual. Anos e anos sem investimento e planejamento no transporte público. Agora percebem que a coisa não está dando certo e querem punir os motoristas sem dar outra opção.

Quem sair de noite e beber volta para casa como? Pergunte à Angélica!

Vá de táxi, que é acessível para a renda do brasileiro...

E nas cidades pequenas, no interior, onde não há táxi? Bem, nessas cidades geralmente também não há cinema, teatro, algumas vezes nem casa noturna. A unica diversão são os... BARES.

Os acidentes seriam bem menores se simplesmente existissem alternativas para as pessoas não precisarem de carro. Há tanta gente bebendo e dirigindo porque não há opção, é perigoso voltar a pé, é doloroso esperar o ônibus, o metrô vai buraco abaixo e fecha quando a gente mais precisa. Se eu for bonzinho e não beber, Deus vai resolver o problema? Com a lei seca, o transporte público vai pra frente? Ou simplesmente é o lucro de bares, restaurantes e casas noturnas escorrendo pelo ralo?

"Não, esta noite estou dirigindo. Esta noite fico só na cocaína."

E quem for preso por dirigir meio alcoolizado? Não vai ocupar o lugar que você deveria ocupar na cadeia? Não vai deixar em aberto a conta no boteco? Não vai perder para sempre a chance de chegar em segurança até em casa, até minha cama, até mim? Não vão tirar de circulação todos os petizes levemente embriagados que a gente poderia seduzir?

Sem álcool no meio do caminho, será que consigo atrair alguém até aqui?

Querem é que a gente fique em casa. Cada um na sua. Querem tirar os jovens das ruas. Eles têm medo da testosterona, das extremas vontades. Querem que a gente fique no armário, jogando Banco Imobiliário, torcendo por um Playstation 3.

Me assusta esse conservadorismo da atual legislação brasileira. Cigarro já está proibido. Pode vender, mas está proibido. De cerveja permitem os comerciais mais imbecis, mas sempre com um pseudo alerta no final. Daqui a pouco vão censurar marchinha de carnaval: "Eu vou beber, beber até cair - mas com moderação - me dá, me dá, me dá, oi, me dá um dinheiro aí!"

Não estão resolvendo o problema. Não estão resolvendo meus problemas. Eu não estou mais feliz. Preciso de mais uma dose.

A culpa é do carro. Da gasolina. Do petróleo. Não do álcool. É o Petróleo que move o apocalipse dos nossos tempos...

E é esse líquido negro que escorre da minha boca...

Santiago Nazarian

Coragem pra seguir viagem (1)

Oscar Wilde
fonte: blog do João Paulo Cuenca

Maleta & malas americanas

E assim chegamos à questão Oriente/Ocidente. Os jornalistas gostam muito de insistir no termo, mas quando vejo as conotações que ele adquire em algumas áreas da imprensa ocidental, inclino-me a pensar que melhor seria nem mencionar essa questão. Porque na maioria das vezes a intenção é dizer que os países pobres do Oriente deveriam curvar-se perante tudo o que o Ocidente e os Estados Unidos possam querer oferecer. E há ainda uma forte sugestão de que a cultura, o modo de vida e a política de lugares como aquele onde cresci provocam questões desagradáveis.

Orhan Pamuk, em A maleta do meu pai.

Letras aladas

Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mão
se partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...

Mário Quintana, em Esconderijos do Tempo.

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A arte do orgasmo fingido & outras mentiras sinceras

Não há mais dúvidas: quanto mais beira o verossímil, com gritos lancinantes na noite, como assimilamos do cinema, mais fingido é o tal do orgasmo. Nunca é condizente com a nossa performance e suor. Os melhores e mais recompensadores orgasmos guardam o bom preceito da educação dos gemidos. Um clássico!

Por mais megalomaníaco que seja Vossa Senhoria, recomendo que não acredite naquelas algazarras, feiras amorosas, sacolões do sexo, capazes de fazer os vizinhos pularem da cama só de inveja. Aquela gritaria toda, meu amigo, só vale para provocar um problema dos mais graves. Deixará o casal que mora do outro lado da parede em pé de guerra, uma vez que a mulher, atenta à lição de gozo comparado, vai exigir mais, muito mais, mais e mais, e mais um pouquinho ainda, do seu colega de prédio ou de rua. E o pior é que os gritos só costumam ocorrer quando o gozo não passa de truque, melodrama de fêmea, como canta a deusa La Lupe na película Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos: “Teatro, lo tuyo es puro teatro/ falsedad bien ensayada/ estudiado simulacro/ fue tu mejor actuación/ destrozar mi corazón!”

O gozo desesperado costuma ter origens variadas (falar nisso, por que ninguém cita mais W. Reich, meu ídolo da lira dos 20 anos?!). O gozo desesperado, falava este locutor que vos sopra a nuca, costuma ser resultado de algum curso mal digerido de teatro amador, de formação em escola com viés jesuíta, interpretação errada dos manuais do Actors Stúdio, dietas à base de alcachofra, audiências tardias das onomatopéias do Led Zeppelin ou falta de homem propriamente dita.

As melhores gazelas educam cedo os gemidos. Em vez de gritos que parecem mais apropriados para momentos de sequestro-relâmpago, a boa moça sussurra e balbucia safadezas no cangote do amado. Mais vale um bem dito dos 3.000 verbetes catalogados no Dicionário do Palavrão, do mestre pernambucano Mário Souto Maior, do que os decibéis selvagens.

As melhores não se desesperam. Já imaginou Ava Gardner em desespero? Nem com Frank Sinatra, a quem enlouqueceu todos os sentidos. E não me venha dizer que isso seja frigidez, frescura ou algo da linha. Fina!

Até a Amy Winehouse, a bela garota suburbana de Southgate, sabe disso. Mesmo depois do seu coquetel preferido –ecstasy, vodka, cocaína e remédio para cavalo- é capaz de um orgasmo educadíssimo. Deve apenas morder um pouco, óbvio, pois sem dentadas, como já dizia o titio Nelson, não há amor. Sim, as que só mordem e tudo calam, nada falam... são as melhores!

Vixe, como diria meu professor de ídiche.Uma coisa é a gritaria, quase um SOS, incêndio do velho Joelma ou sinistro urbano do gênero. Outra é a gemedeira gostosa, fungada sentida, sacanagem nas oiças, fogo nas entranhas, calor na bacurinha, quase um decassílabo a cada descida, lirismo sem fôlego, a gostosa e inadiável asma do amor.

Xico Sá

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Saber, eu sei...

Eu tenho certeza de que o Bono Vox é pintudo.

Não sei por que, mas estou segura disso.

É minha sensibilidade aflorada que me permite afirmar. Ele tem cara de pintudo. Deve ser pintudo.

Outra, quer ver?

Eu tenho certeza de que o paulistano é dotado de genética única. Em seu DNA deve haver um cromossomo que o habilitou, depois de décadas de evolução e muito dióxido de carbono, a agüentar horas no trânsito sem achar aquilo pior do que qualquer outra coisa que poderia lhe acontecer na vida. O paulistano médio, com raras exceções - que de tão preciosas poderiam ser classificadas como anomalias genéticas - não acha tão extraordinariamente insuportável ficar parado no trânsito feito um idiota encarcerado. Ao contrário do que pensa a maioria, um ser zen, esse tal de paulistano. Um cara que trabalha no Campo Belo e mora no Tucuruvi só pode ter genética evoluída. Certeza.

Eu também tenho certeza absoluta de que mulher nenhuma vai achar muito legal ser convidada no primeiro encontro para ir a um rodízio de pizza. Nem que o cara seja hippie, napolitano ou filho do dono da Camelo. Um rodízio de pizza não combina com um primeiro encontro. O restaurante do rodízio de pizza é o mesmo onde ela almoça com seus colegas de trabalho de segunda a sexta, onde ela usa seu Smart VR, onde ela come ovinhos de codorna, palmito e berinjela a parmegiana e de onde ela sai com cheiro de gordura no cabelo. Ele não tem nada de romântico, capisce? Bom, eu tenho certeza, amigo. Pode anotar aí.

Eu sei que o filme favorito da maioria da população mundial é “Uma Linda Mulher”. Mesmo que essa mesma maioria insista em dizer que foi “O Jarro”.

Eu sei que você fez de conta que já sabia quem era Thelonious Monk quando aquele mocinho descolado que você andava paquerando não entrou no seu papo sobre o Big Brother. Não precisa ficar com vergonha, não, amiga. A gente é humana, viu?

Eu sei, por A + B, que toda mulher dá a vida por um belo sutiã de bojo.

E que homem, por alguma razão misteriosa, não curte quando as mocinhas pintam as unhas com esmalte escuro. Mas eu só tenho as certezas, não os porquês.

Em matéria de higiene e cavalheirismo, eu tenho certeza absoluta de que o Jamie Oliver não lava as mãos quando sai do banheiro e de que o Russel Crowe se esquece de abaixar o assento da privada depois de fazer xixi.

Já no âmbito cinematográfico e aéreo eu aposto que o Tom Hanks se arrepende de ter feito “O Código da Vinci” e que aquela câmera de “landscape” que fica na barriga de alguns aviões roda um VT em looping (em dia de tempo bom). Gastronomicamente, o que posso afirmar sem medo é que, de cinco amigas minhas, quatro teriam recusado a sopa de tartaruga de Babeth e uma não teria nem ido a festa. Eu sei que quem desdenha quer comprar, mas duvido que vale mais um pássaro na mão do que dois voando.

Aposto e ganho com quem quer que seja: todo mundo já teve pelo menos um sonho erótico nessa vida e ninguém deixa de isolar três vezes na madeira quando tem um pensamento ruim.

Mas eu não confio nada nesse tipo de certeza que aparece assim, toda metida à besta, se achando absoluta. E confesso que me orgulho envergonhadamente da minha lógica incoerente de viver a vida sem acreditar em nada, mas achando que estou certa sobre tudo.

Por isso é que eu digo: saber, eu sei. Agora, você, bom, das duas, uma.

Só acredita se quiser.

Ou se for o Bono Vox.

Cléo Araújo, no Blônicas.

As mulheres dentro de você são lindas

Caetano Veloso e Chico Buarque cantam respectivamente Tatuagem e Esse cara. Vídeo gravado em 1978.

A paixão de Jacó

Sete anos de pastor Jacó servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
Mas não servia ao pai, servia a ela,
E a ela só por prêmio pretendia.

Os dias na esperança de um só dia
Passava, contentando-se com vê-la;
Porém o pai, usando de cautela,
Em lugar de Raquel lhe deu a Lia.

Vendo o triste pastor que com enganos
Assim lhe era negada a sua pastora,
Como se a não tivera merecida,

Começou a servir outros sete anos,
Dizendo: "Mais servira, se não fora
Para tão longo amor tão curta vida.

Luís Vaz de Camões, em Sonetos para amar o amor.

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A sombra e sua réplica

Um homem inconsciente de si mesmo age de modo cego e instintivo; ele é além disso enganado por todas as ilusões que se levantam quando vê tudo aquilo de que não tem consciência em si mesmo vindo de encontro a ele de fora, na forma de projeções sobre o seu próximo.

* * *

As projeções transformam o mundo na réplica da face desconhecida de cada um.

* * *

A regra psicológica afirma que quando uma situação interior não é tornada consciente ela acontece na realidade exterior na forma de destino. Quer dizer, quando o indivíduo permanece indiviso e não toma consciência de seu oposto interior, o mundo é forçado a exprimir o conflito, sendo fendido em metades opostas.

* * *

Encher a mente consciente de concepções idealizadas é característica da teosofia ocidental, mas não o confronto com a sombra e o mundo da escuridão. Não se alcança a iluminação imaginando-se figuras de luz, mas tornando a escuridão consciente.

Carl Jung [via A Bacia das Almas]

Cueca no box

Falta-me traquejo para a vida de solteiro.

Não encontrar, por exemplo, o fim da pia de manhã. Não observar o ralo. Colocar mais um pires na montanha e embarcar com a consciência limpa ao trabalho. Passar reto e despreocupado pelo amontoado de xícaras e pratos da semana batendo na boca da torneira. Usar todos os talheres para depois pensar em lavar os encardidos. Antes, inclusive, recorrer aos garfos de plástico de alguma festinha de criança.

Eu não tolero louça suja por mais de 24 horas. É uma fragilidade de temperamento. Claro que sozinho não teria que provar contas a ninguém. Sozinho, desfrutaria da liberdade do desejo. O problema não é enganar os outros, é não conseguir me enganar.

Sei que está suja e isso me atrapalha. Atrapalha meu raciocínio cartesiano, de concluir primeiro uma atividade para engatar outra. É um bloqueio criativo da minha motricidade.

Talvez eu seja um entre a maioria dos homens que fracassa em permanecer solitário, saindo da casa materna para um casamento, sem a transição sadia de um apartamento pequeno, os amigos em dia e os comprovantes a pagar. Logo me casei e vivi casando. Pelo medo da própria solidão. Não agüento, mais do que a pia imunda, minha cabeça parada por meia hora.

Homem é um animal carente. Ele largará um casamento ou namoro se tiver de olho em outra mulher. De "olho" é eufemismo. Já estará quase junto, em segredo, costurando uma vida paralela.

É desse jeito. Ainda não conheço um sujeito, por favor se apresente, que tenha terminado um romance para cumprir um tempo sozinho. "Ficar um tempo sozinho" é a maior mentira inventada. Na primeira noite, o cara estará festeando com a futura esposa ou telefonando para o frete.

Creio que seja uma fragilidade psicológica. Dependência. De quem foi mimado. Um costume herdado. Define sua vida como estar acompanhado, desde as turmas da escola. Que restar sozinho com um livro ou com um prato é perda de sol; é jogar sua juventude fora. Deveria estar aproveitando na rua, no bar, na cama - e com testemunha.

A mulher não enfrenta essa histeria da aproximação. Ela pode tranquilamente se separar para não casar em seguida. Tem a dignidade do luto, de lavar as costas do silêncio, de reprisar sua história e arrumar os álbuns de fotografias. Respeita o sentido da entressafra, de que a terra precisa de um recesso para voltar a crescer como no começo. É uma consideração ao ex, por aquilo que ele teve de bom e ruim.

Algo que o homem não repara, casando e casando, não produzindo um intervalo sequer para se duvidar. Emendará suas hesitações, fotocopiando os erros e repetindo no quarto matrimônio a relação frustrada do primeiro.

Raramente alguém verá uma cueca no box do banheiro. Homem não tem solidão.

Fabrício Carpinejar
arte de Jasper Johns

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8.8.08

Gol de mão

O volante Fabinho anda se divertindo com o gol que marcou na última terça-feira, na vitória de 2 a 0 do Corinthians sobre o Juventude, no Pacaembu, pela Série B do Campeonato Brasileiro.

Ainda no primeiro tempo, ele ajeitou uma bola (sem querer, segundo o próprio) no braço e completou com um chute certeiro para a rede gaúcha. Na quarta-feira, ao ir até uma loja de CDs evangélicos em São Caetano do Sul, Fabinho se deparou com o disco “É Legítimo Fazer Gol de Mão”. Não pensou duas vezes e comprou.

- Na hora, eu nem percebi o toque no braço, porque o lance foi muito rápido. O juiz tá ali pra isso e também não viu. Já que foi gol...

Fabinho gostou tanto da coincidência que publicou a foto no seu site pessoal.

Antes que alguém pense que seja um lançamento de axé, o referido CD traz uma mensagem do Ricardo Gondim. =]

O céu vai se abrir

Após a conversão, Andrucha Waddington dirigiu seu primeiro clip gospel. =]
dica do Jordan Alves

Eu me amo


Pascal e o amor-próprio

Artigo escrito por Jean-Robert Armogathe para o periódico Kriterion

Uma abordagem lexográfica do amor próprio nos escritos de Pascal: carta (1651) sobre a morte de seu pai, frag. La 978 e nove ocorrências nos Pensamentos. A partir dos diferentes "amores-próprios" enumerados pela tradição, o amor-próprio natural de Adão, anterior à Queda, que para Tomás de Aquino é indiferente, é identificado por Jansenius como pervertido em concupiscência. Em sua Apologia, Pascal segue a linha jansenista de um modo tão radical que os teólogos de Port-Royal julgaram preciso mitigar seus sentimentos a ponto de contradizê-lo, como fez Nicole, que descreveu o amor-próprio como um substituto hipocrítico do comportamento virtuoso.

Clique aqui para ir ao texto completo

Tem coragem de traçar uma feia?

Vc compraria uma pizza chamada Ugly Pizza (Pizza Feia)? E que tivesse na embalagem uma foto como essa abaixo? O produto é real, diz o TrendHunter. Foi lançado pelo Schwan Consumer Brands, sob o conceito de 'comida natural e honesta'. A idéia é que comida realmente boa é aquela que tem qualidade e sabor - não é boa apenas porque parece bonita.

fonte: Blue Bus

Orkutosco (32)

Ema, ema, ema... rsrs

Vai rolar bundalelê

No barraco do Cacciola

Hoje é dia oito do oito de dois mil e oito.

Isso quer dizer o seguinte:

Vai ter festa em Bangu 8.

Tutty Vasques

Morte aos brasileiros

Os dois reféns que estavam nas mãos dos assaltantes numa dependência do Banco Espírito Santo (BES) em Lisboa, na rua Rua Marquês de Fronteira, conseguiram escapar ilesos depois de mais de oito horas de sequestro. Mantidos durante cerca de 20 minutos à porta do banco, com armas apontadas ao pescoço, os dois reféns correram em direcção aos polícias que dispararam três vezes contra os assaltantes.

De acordo com a SIC Notícias apenas um dos homens morreu, informação que se pode comprovar nas imagens que estão a ser transmitidas em directo na televisão. O outro assaltante terá ficado gravemente ferido e neste momento encontra-se a caminho do Hospital São Francisco Xavier.

Uma mulher de 52 anos, feita refém durante o assalto, terá sido libertada às 15h50 e assistida no local por uma equipa médica, disse fonte do INEM à Lusa. Segundo a mesma fonte, a mulher sofreu uma crise de ansiedade, mas a situação clínica está controlada.

fonte: Última Hora
colaboração: Rúben Tavares

Na página do YouTube está rolando uma discussão s/ os brazucas. Um dos posts diz: "morte aos brasileiros, o povo mais burro do mundo. assaltar uma agencia administrativa de um banco, nao é para qualquer um, so mesmo para povo brasileiro".

Só com ajuda divina

Um nigeriano de 84 anos, casado com 86 mulheres - com as quais tem mais de 170 filhos – aconselha outros a não seguir seu exemplo, afirmando que ele só consegue lidar com seu dia-a-dia com a ajuda de Deus.

“Um homem com dez mulheres iria entrar em colapso e morrer, mas meus poderes são dados por Alá. É por isso que consigo controlar as 86 mulheres”, disse ele à BBC.

Mohammed Bello Abubakar, ex-professor e pregador muçulmano, afirma que suas mulheres o procuraram por conta de sua reputação de curandeiro.

“Eu não saio por aí procurando por elas, elas vêm a mim. Eu sigo o pedido de Deus, e me caso com elas.”

Mas as autoridades islâmicas na Nigéria não aceitam as alegações e vêem a grande família como um culto.

fonte: BBC
Olha só a cara de cansado do cara... =]

Fúria metal

Que situação constrangedora... Um morador de Hong Kong precisou chamar os bombeiros para se livrar de uma encrenca bizarra.

O cidadão, de 41 anos, estava solitário enquanto passeava pelo parque Lan Tian, na madrugada de quarta para quinta-feira (7). Foi quando ele teve a idéia de fazer sexo com um banco de metal instalado no parque. Ele colocou seu membro em um dos buracos do banco e... acabou entalado.

Em pânico, ele chamou a polícia, que acionou o corpo de bombeiros local. Para retirá-lo, os paramédicos recomendaram que o banco fosse retirado do local.

A vítima precisou ser levada para o hospital ainda com o banco preso ao pênis.

fonte: G1
colaboração: Luis Petterson

É o cara

Imaginem o Danilo Gentili ocupando os púlpitos... =]

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Momento Pasquale

Qual o jeito correto de pronunciar Roraima?

“Roráima” ou “Rorâima”, como você preferir. É que, segundo os lingüistas, as regras fônicas de uma palavra são regidas pela língua falada. Portanto, não há certo ou errado. Há apenas a maneira como as pessoas falam. O que se observa na língua portuguesa falada no Brasil é que sílabas tônicas que vêm antes de consoantes nasalizadas (como “m” ou “n”) também se nasalizam (aperte o seu nariz e repita a palavra cama. Sentiu os ossinhos vibrarem? É a tal nasalização). Por isso, a gente diz “cãma” – o “ca” é a sílaba tônica e o “m” é nasalizado. Se a sílaba que vier antes dessa mesma consoante não for uma sílaba tônica, a pronúncia passa a ser opcional: você escolhe – “bánana” ou “bãnana”.

No caso de Roraima, a sílaba problemática (“ra”) é tônica e vem antes do “m”. Mas aí entra em cena o “i”, que acaba com qualquer regra. A mesma coisa acontece com o nome próprio Jaime: tem gente que nasaliza, tem gente que não. Então, fique tranqüilo: se você sempre falou “Rorâima”, siga em frente – ninguém pode corrigi-lo por isso. No máximo, você vai pagar de turista se resolver dar umas voltas por lá – os moradores do estado, não adianta, são unânimes em falar “Roráima”.

fonte: Superinteressante

Despetalando a última flor do Lácio (31)

"Presentei [sic] quem você gosta."

linha de assunto de e-mail mkt enviado ontem pela Abriu, perdão, Abril. =]

Promoção e pra mocinha

dica do Leone Lacerda

Como chegar aos cem

Sim, sou um nostálgico da simplicidade. Tenho 5.000, 6.000 livros. Mas o meu sonho supremo era ter apenas dez ou vinte e fechar a contagem. Ah, como seria bom reunir "os livros da minha vida" numa única estante e deixar que o ruído do mundo, e das letras, passasse lá por fora. A biblioteca perfeita não se faz por adição; faz-se por subtração. Não me canso de o repetir.

Como tudo o resto, aliás: acumulamos centenas, milhares de objetos sem desígnio ou sentido. Quando seria possível viver com metade, ou metade da metade, ou metade da metade da metade. Só nos Estados Unidos, leio agora, existem milhares de "centenários": indivíduos que, cansados do excesso consumista, reduziram as suas vidas a cem objetos fundamentais. A moda espalhou-se por jornalistas do Reino Unido. Da Europa. De Portugal. Que fizeram a experiência e sobreviveram a ela.

E por que não? Sentado no sofá da sala, olho em volta e, saturado pela paisagem, começo a subtrair mentalmente. Ao fim de algumas horas, há mais espaço: físico, mental e até existencial. Não acreditam? Acreditem, leitores. E sigam-me, por favor.

Começo pelo quarto. Deixo ficar a cama (1); o jogo de lençóis (2); o cobertor para as noites geladas de Portugal (3); um candeeiro de leitura (4); os três volumes das cartas de Séneca a Lucílio, editados em inglês pela Loeb (7); uma chávena para o chá (8); um lápis para sublinhar ou comentar (9); caneta (10); bloco de notas (11); a fotografia que me acompanha quando desperto ou adormeço (12).

E roupa? Pouca, pouca. Três calças para o verão (15); três para o inverno (18); outro tanto de camisas (24); e de cuecas (30); e de meias (36); um "tweed" invernal (37), um casaco de linho para os dias mais quentes (38); gabardine para a chuva (39); sapatos (dois pares, 43); calções para nadar (44); uma gravata preta para funerais (45).

Na biblioteca, o despojamento é total. Fica a mesa, sim (46); a cadeira que foi do meu pai, e do pai do meu pai (47); o piano (48); o sofá das sestas e das festas (49); a estante (50); e, dentro da estante, por ordem cronológica, a Bíblia (51); a ética e a poética de Aristóteles (53); os Pensamentos de Marco Aurélio (54); as Confissões de Agostinho (55); Dante e a sua Comédia (56); os ensaios de Montaigne (57); a lírica, e só a lírica, de Camões (58); as obras de Shakespeare na edição recente, e excelente, da Royal Shakespeare Company (59); o Orgulho e Preconceito de Jane Austen (60); o Brás Cubas de Machado (61); os Maias de Eça (62); as quatro primeiras novelas satíricas de Evelyn Waugh (66); um volume de crônicas de Nelson Rodrigues (67); óculos para ler (68); o candeeiro para ler com óculos (69); e o laptop, para comentar tanta leitura e responder aos excelentíssimos leitores (70).

A música seria a grande sacrificada. Mas não abriria mão de Noël Coward a cantar velhos temas (71); e de Gershwin ao piano (72); e de Harry James ao trompete (73); e do My Fair Lady, na versão original (74). Ficaria também com uma ópera popular de Mozart, talvez Così Fan Tutte para os dias solares (75); e Bach para os dias chuvosos (76); e guardaria ainda um CD antigo e pirateado com um tema de Ennio Morricone que me enche sempre de felicidade e nostalgia (77). E, antes que seja tarde, o aparelho de som para que a casa não ficasse muda (78).

E antes que me acusem de higiene primitiva, haveria papel higiénico no banheiro (79), uma escova de dentes (80) com pasta a condizer (81); um pente (82); e sabão natural, melhor que todos os cremes (83). Ah, já esquecia: e uma toalha para me limpar (84)!

O que sobra? A cozinha, sim. Mas, não sendo eu homem moderno com talento para os tachos, dispensaria os ditos cujos. Ficaria o telefone para encomendar jantares (85) e a máquina do café para os terminar (86). E dois copos (88), e dois pratos (90), e duas facas (92), e dois garfos (94), e duas chávenas (96), e dois guardanapos de pano (98) - tudo isso para quando você, doce leitora, aqui viesse para jantar. E se pensam que faltam ainda dois objetos para chegar aos prometidos cem, pensem novamente: o jantar seria íntimo e à luz das velas. Duas, para ser mais claro (100).

João Pereira Coutinho, na Folha Online.

Leia +

Humor de quinta (67)

Bom dia, galera.

Depois de arrastar móveis, são Pedro tá lavando São Paulo. Nada a ver c/ uma suposta versão celestial da "unção do chulé". rsrs

A edição de ontem do "Humor de quinta" contou c/ vários colaboradores: Kesia Leonardo, Judith Almeida, Dulce Abreu, Luciano Cavani e Leone Lacerda. Meu tradicional "muuuuito obrigado". =]

Big abraço

7.8.08

Arma maldita

Um pregador de 71 anos de Cincinnati, nos Estados Unidos, foi condenado por ameaça após uma briga de trânsito. Uma motorista acusou Thomas Howell de carregar uma arma, que teria utilizado para amaldiçoá-la.

Howell pode ficar até seis meses preso pelas acusações. Sua sentença será definida no dia 4 de setembro.

O pregador alegou que estava indo para a igreja no dia 23 de junho quando April Evans cortou o seu caminho.


No julgamento da última segunda-feira, ele admitiu que tinha uma arma, mas negou que a tenha tirado do estojo em que estava guardada em qualquer momento da discussão.


Mas a Justiça local decidiu a favor de April, que assegurou ter sido ameaçada com a arma e insultada, enquanto os carros de ambos travavam uma perseguição.

Fonte: Terra Notícias

Um tapinha não dói

Mãe é mãe, sogra é sogra

A diferença entre ser sogra do genro e sogra da nora.

Duas distintas senhoras encontram-se após um bom tempo sem se verem.

Uma pergunta à outra:

- Como vão seus dois filhos... a Rosa e o Francisco?

- Ah! querida... a Rosa casou-se muito bem. Tem um marido maravilhoso. É ele que levanta de madrugada para trocar as fraldas do meu netinho, faz o café da manhã, lava as louças e ajuda na faxina. Só depois é que sai para trabalhar. Um amor de genro! Benza-o, ó Deus!

- Que bom, heim amiga! E o seu filho, o Francisco? Casou também?

- Casou sim, querida. Mas tadinho dele, deu azar demais. Casou-se muito mal... Imagina que ele tem que levantar de madrugada para trocar as fraldas do meu netinho, fazer o café da manhã, lavar a louça e ainda tem que ajudar na faxina! E depois de tudo isso ainda sai para trabalhar, para sustentar a preguiçosa da minha nora - aquela porca nojenta!

Se o Superman fosse são-paulino (2)

Relax for man

Se você é feio, pobre, burro e mesmo assim tem um monte de mulher dando em cima de você, só tem uma explicação: você mora embaixo de um lupanar*.

* A palavra não era bem essa, mas troquei p/ evitar que alguém fique puto c/ meu vocabulário... =]

Mulheres são de Vênus (40)

Querida, o que você prefere? Um homem bonito ou inteligente?

- Nem um, nem outro. Você sabe que eu só gosto de você, amor...

Roda do Pava


Não é novidade que o Pava é um leitor compulsivo, muitos se perguntam como ele arruma tempo para "devorar" tantos livros.

Em sua viagem a Milão em 2006, Pavarini foi todos os dias ao Jazz Café , sempre acompanhado com um antigo manuscrito do engenheiro italiano Agostino Ramelli, que inventou em 1588 a "roda da leitura".

Pavarini não perdeu tempo quando chegou em Sampa, foi logo mandando fazer uma adaptação da engenhoca para que pudesse ler 30 livros simultaneamente sem sair do lugar, ao mesmo tempo que trabalha em seu inseparável iMac.

Pimenta no balão (9)

O que Lula teria falado p/ o ginasta Diego Hypólito? Poste sua frase na área de comentários. =]

Homens são de Marte (68)

Estudo revela que depois de fazerem amor, 10% dos homens voltam-se para o lado direito, 10% para o lado esquerdo e os outros 80% voltam para casa.

Mulheres são de Vênus (39)

Um casal vinha por uma estrada do interior sem dizer uma palavra.

Uma discussão anterior havia levado a uma briga e nenhum dos dois queria dar o braço a torcer.

Ao passarem por uma fazenda em que havia mulas e porcos, o marido perguntou, sarcástico:

- Parentes seus?

- Sim - respondeu ela - cunhados e sogra...

Se o Superman fosse são-paulino (1)

Legalmente loira (20)

Uma loira chegou com seu carro novinho numa loja de acessórios e disse p/ o vendedor:

- Quero instalar um pára-raios no meu carro.

E o vendedor explicou:

- Olha, eu nunca ouvi falar nesse equipamento pra veículo. Por que é que você quer instalar um pára-raios no seu carro?

E a loura:

- Helloooooooooo! Nunca ouviu falar de seqüestro relâmpago não, ô desinformado?

Beber, cair e apostar (13)

O Quim, o Zé e o Joca trabalhavam numa obra. De repente, o Quim caiu do 15º andar e morreu.

O Zé disse:

- Um de nós tem que avisar a mulher dele...

O Joca respondeu:

- Eu sou bastante bom nessas coisas, eu vou!

Passada uma hora, o Joca estava de volta, com um engradado de cerveja.

O Zé perguntou:

- Onde arranjou isso?

- Foi a viúva do Quim que me deu.

- Como é? Você diz que o marido dela morreu e ela te dá uma caixa de cerveja?

- Não foi bem assim. Quando ela abriu a porta, eu disse: "Você deve ser a viúva do Quim". Ela respondeu: "Não, eu não sou viúva!" E eu disse: "Quer apostar um engradado de cerveja comigo?"

(Des)classificados

Little John (5)

Joãozinho completa 9 anos e seu pai lhe pergunta:

- Meu filho, você sabe como nascem os bebês?

O menino assustado, responde:

- Não quero saber! Por favor, prometa que não vai me contar, pai!

O pai, confuso, não se conforma, e pergunta:

- Mas por que você não quer saber, Joãozinho?

E o menino, soluçando, responde:

- Aos 6 anos me contaram que não existe coelho da Páscoa; aos 7 descobri que não existem fadas-madrinhas, nem sereias, nem o Saci Pererê, aos 8 entendi que o Papai Noel é você! Se agora eu descobrir que os adultos não trepam, não vejo mais razão para continuar vivendo...

Mulheres são de Vênus (38)

O cara pergunta para a mulher:

- Querida, quando eu morrer, você vai chorar muito?

- Claro, querido. Você sabe que eu choro por qualquer besteira...

Beber, cair e pesquisar (12)

Um estudo recente conduzido por uma Universidade Federal mostrou que cada brasileiro caminha em média 1.440 km por ano.

Outro estudo feito pela Associação Médica Brasileira revelou que, na média, o brasileiro toma 86 litros de cerveja por ano.

Isso significa que, na média, o Brasileiro faz 16,7 km por litro.

Isso me deixa muito orgulhoso de ser brasileiro.

6.8.08

Orkutosco (31)

Martin Luther King era "pensador inglês"? O dono do perfil é candidato a vereador da cidade de Passos de Minas. Um sujeito cheio de predicados... rsrs
colaboração: Phoenix7 [via twitter]

Confissões de um ex-dependente de igreja

Outro dia um pastor observou que eu deveria confessar ao leitor impenitente da Bacia, que não tem como concluir isso lendo apenas o que escrevo, que não vou à igreja faz mais de dez anos. Ele dava a entender que essa confissão provocaria uma queda sensível na minha popularidade; percebi imediatamente que ele estava certo, e que mais cedo ou mais tarde teria, para podar os galhos da celebridade (porque a fama é uma espécie de compreensão), deixar de contornar indefinidamente o assunto.

Quanto mais penso na questão, no entanto, mais chego à conclusão que o que tenho de confessar é o contrário, e ao resto do mundo, não aos amigos que convivem com desenvoltura entre termos como gazofilácio, genuflexão, glossolalia e graça irresistível. Devo explicações à gente comum que vê o domingo, incrivelmente, como dia de descanso – dia de ir à praia, de andar de bicicleta no parque, de abraçar os amigos ao redor de um churrasco, de correr atrás de uma bola ou de encontrar a paz diante de uma lata de cerveja e uma tela radiante.

Preciso confessar que durante trinta anos fui consumidor de igreja. Durante trinta anos fui dependente de igreja e trafiquei na sua produção.

Devo confessar o mais grave, que durante esses anos abracei a crença (em nenhum momento abalizada pela Escritura ou pelo bom senso) que identificava a qualidade da minha fé com minha participação nas atividades – ao mesmo tempo inofensivas, bem-intencionadas e auto-centradas – de determinada agremiação. Em retrospecto continuo crendo em mais ou menos tudo que cria naquela época, porém essa crença confortante e peculiar (espiritualidade = participação na igreja institucional) fui obrigado contra a vontade, contra minha inclinação e contra a força do hábito, a abandonar.

Preciso deixar claro que não guardo daqueles anos qualquer rancor; de fato não trago deles nenhuma recordação que não esteja envolta em mantos de nostalgia e carinho. Ao contrário de alguns, não sinto de forma alguma ter sido abusado pela igreja institucional; sinto, ao invés disso, como se tivesse sido eu a abusar dela. Minha impressão clara não é ter sido prejudicado pela igreja, mas de tê-la usado de forma contínua e consistente para satisfazer meus próprios apetites – apetites por segurança, atenção, glória, entretenimento, aceitação.

Se hoje encaro aqueles dias como uma forma de dependência é porque acabei aceitando o fato de que a igreja como é experimentada – o conjunto de coisas, lugares, atividades e expectativas para as quais reservamos o nome genérico de igreja – representam um sistema de consumo como qualquer outro. As pessoas consomem igreja não apenas da forma que um dependente consome cocaína, mas da forma que adolescentes consomem telefones celulares e celebridades consomem atenção – isto é, com candura, com avidez, mas muitas vezes para o seu próprio prejuízo.

Todo sistema de consumo confere alguma legitimação, isto é fornece ao consumidor pequenas seguranças e pequenas premiações que fazem com que ele se sinta bem, sinta-se uma pessoa melhor (ou em condições privilegiadas) por estar desfrutando de um produto ou serviço de que – e isto é importante na lógica da interna coisa – não são todos que desfrutam.

As igrejas institucionais, por mais bem-intencionadas que sejam (e, creia-me, há muito mais gente bem-intencionada envolvida na criação e na sustentação delas do que seria de se supor) funcionam precisamente dessa maneira. Não é a toa que tanto a palavra quanto o conceito propaganda nasceram, historicamente falando, nos salões eclesiásticos. Se hoje há shopping centers e roupas de marca é porque a igreja inventou o conceito de propaganda e de consumo de massa.

Foi a igreja a primeira a vender a idéia de que vestir determinada camisa e ser visto em determinada companhia demonstram eficazmente o seu valor como pessoa; foi a primeira a promover a noção simples (mas cujo tremendo poder as corporações acabaram descobrindo) de que o que você consome mostra que tipo de pessoa você é.

As pessoas que consomem igreja não têm em geral qualquer consciência de que estão se dobrando a um sistema de consumo, mas as evidências estão ali para quem quiser ver. A igreja não é um lugar a que se vai ou um grupo de pessoas que se abraça, mas uma marca que se veste, um produto que se consome continuamente.

Tudo de bom que costumamos dizer sobre a igreja reflete, secretamente, essa nossa obsessão com o consumo – “o louvor foi uma benção”, “o sermão foi profundo”, “o coro cantou com perfeição”, “a palavra atingiu os corações”, “Deus falou comigo”. Em outra palavras, tudo que temos a dizer sobre a experiência da igreja são slogans. Na qualidade de consumidores, o que fazemos é retroalimentar nossa dependência, promovendo continuamente nosso produto na esperança de angariar mais consumidores e portanto mais legitimação.

O curioso, o verdadeiramente paradoxal, é que nada nesse sistema circular de consumo (ou em qualquer outro) tem qualquer relação com espiritualidade, com fé ou com a herança de Jesus. Ao contrário, sabemos ao certo que Jesus e os apóstolos bateram-se até a morte no esforço de demolir a tendência muito humana de encarcerar (isto é, satisfazer) os anseios emocionais e espirituais das pessoas em sistemas de consumo e legitimação (isto é, sistemas de controle).

O russo Leo Tolstoi acreditava que, diante da suprema singeleza do ensino de Jesus, levantar (e em seu nome!) uma máquina implacável e arbitrária como a igreja equivalia a restaurar o inferno depois que Jesus tornou o inferno obsoleto. De minha parte, vejo a igreja institucional como um refúgio construído por mãos humanas para nos proteger das terríveis liberdades e responsalidades dadas por Deus a cada mortal e que Jesus desempenhou de modo tão espetacular. Por outro lado, talvez esse refúgio seja ele mesmo o inferno.

No fim das contas você não encontrará na igreja nada que não seja inteiramente atraente e desejável, e aqui está grande parte do problema. Vá a um templo evangélico no domingo de manhã e o que vai encontrar é gente amável, respeitável, ordeira, de banho tomado, sorridente, perfumada e usando suas melhores roupas – e é preciso reconhecer que há um público para esse tipo irresistível de companhia. O bom-mocismo reinante é tamanho, na verdade, que não resta praticamente coisa alguma do escândalo inicial do evangelho.

Enquanto descansamos nesse abraço comum a verdadeira igreja, onde estiver (e talvez exista apenas no futuro), estará por certo mais próxima do dono do bar, da vendedora de jogo do bicho, do travesti exausto da esquina, do divorciado com seu laptop, dos velhinhos que babam em desamparo e das crianças que alguém deixou para trás. Certamente não usará gravata e não terá orçamento anual nem endereço fixo.

Portanto nada tenho contra aquilo que a igreja diz, que é em muitos sentidos bom e justo, mas não tenho como continuar endossando aquilo que a igreja dá a entender – sua mensagem subliminar, por assim dizer, mas que fala muitas vezes mais alto do que qualquer outra voz. Com o discurso eclesiástico oficial eu poderia conviver indefinidamente (como de fato já fiz), mas seu meio é na verdade sua mensagem, e frequentar uma igreja é dar a entender:

1. Que aquela facção da igreja é de algum modo mais notável, e portanto mais legítima, do que todas as outras;
2. Que o modo genuíno de se exercer o cristianismo é estar presente nas reuniões regulares e demais atividades de determinada agremiação, ou seja, que a devoção é uma espécie de prêmio de assiduidade;
3. Que o conteúdo da crença é mais importante do que o desafio da fé;
4. Que o caminho do afastamento do mundo, segundo o exemplo de João Batista, é mais digno de imitação do que o caminho do envolvimento com o mundo, segundo a vida de Jesus;
5. Que o modo de vida baseado na busca circular pela legitimação é mais respeitável do que o das pessoas que conseguem viver sem recorrer a esses refrigérios;
6. Que o modo adequado de honrar a herança de Jesus é dançar em celebração ao redor do seu nome, ignorando em grande parte o que ele fez e diz.

Está confirmada, portanto, a ambivalência da minha posição em relação à igreja institucional. Por um lado, sinto falta dos seus confortos; por esse mesmo lado, respeito a inegável riqueza de sua herança cultural, que não gostaria de ver de modo algum apagada. Por outro lado, ressinto-me de que o nome singular de Jesus permaneça associado a um monstro burocrático no que tem de mais inofensivo e opressor no que tem de mais perverso, quando sua vida foi a de um matador de dragões dessa precisa natureza. Dito de outra forma, não tenho como condenar a permanência de alguma manifestação da igreja, mas não tenho como justificá-lo se você faz parte de uma.

Em janeiro de 1996 Walter Isaacson perguntou a Bill Gates a sua posição sobre espiritualidade e religião. Sua resposta entrará para os anais da infâmia – e não a dele. “Só em termos de alocação de recursos, a religião já não é coisa muito eficiente. Há muita coisa que eu poderia estar fazendo domingo de manhã”. Em resumo, o que dois mil anos de cristianismo institucional ensinaram ao homem mais antenado da terra é que religião é o que os cristãos fazem no domingo de manhã.
Só não ouse criticar o cara por sua visão rasa de espiritualidade. Fomos nós que demos essa impressão a ele, e só a nós cabe encontrar maneiras de provar que ele está errado.

Invente uma.

Paulo Brabo, no blog A Bacia das Almas.

Khda (11)

R$ 350 de couvert e nenhum "santo" p/ revisar o texto. Grafar o nome do lugar como "Barreto" é descuido d+!

Graças a Deus

Maisa Silva em + um momento legal de seu programa no SBT. =]
colaboração: Leone Lacerda

A culpa não é da TPM

Os homens tendem a se sentir mais felizes com suas vidas do que as mulheres, a partir dos 48 anos de idade, segundo um estudo publicado no Journal of Happiness Studies que examinou dados colhidos nacionalmente, nos Estados Unidos, durante décadas.

O nível de felicidade é medido através das aspirações e realizações em relação à vida familiar e financeira, ao longo do tempo.

Apesar de estarem mais satisfeitas com sua situação familiar e suas finanças no início da vida, o nível de satisfação das mulheres tende a diminuir com o tempo, enquanto o dos homens tende a aumentar, afirmam os pesquisadores Anke Plagnol – da Universidade de Cambridge – e Richard Easterlin – da University of Southern California.

Segundo os pesquisadores, um dos fatores que podem estar por trás desta "inversão" é o fato de as mulheres se casarem mais cedo, e com isso estarem mais satisfeitas com a vida familiar e financeira no início da fase adulta do que os homens.

Aspirações e realizações

O estudo analisou dados que mediram as aspirações e as realizações de mulheres e homens no casamento, vida familiar com filhos e no campo material, analisando finanças e bens de consumo considerados desejáveis para uma "vida ideal", como carro, casa própria, casa de veraneio e férias no exterior, entre outros.

Os pesquisadores afirmam que tanto homens como mulheres têm forte desejo de um casamento feliz durante toda a vida. No início, as aspirações femininas são um pouco mais altas que as masculinas, mas com a idade, essas aspirações diminuem mais rapidamente entre as mulheres.

Aos 42 anos de idade, a proporção de mulheres que desejam um casamento feliz é inferior a dos homens e essa diferença tende a aumentar nos anos seguintes.

A vida familiar também é apontada como um fator mais importante para a felicidade feminina, mas elas demonstram estar menos satisfeitas com sua vida familiar do que os homens a partir dos 64 anos.

No campo financeiro, os homens estariam menos satisfeitos no início de suas vidas, mas a situação se inverte a partir dos 43 anos.

fonte: BBC

Quer pagar quanto?

Nossos ladrões são muuuito + criativos...
dica do Mílton Jung [via twitter]

Na faixa (3)

Adélia Prado, falando sobre o tema "O Poder Humanizador da Poesia" e autografando a sua obra completa editada pela Record é a atração que abre o ciclo do "Sempre Um Papo" em São Paulo no segundo semestre.

Dia 6 de agosto (hoje), quarta-feira, às 19h30, o Auditório do SESC Vila Mariana (Rua Pelotas, 141 – Vila Mariana). Realização conjunta do SESC-SP e AB Comunicação, com o patrocínio da COSIPA. Todos estão convidados, a entrada é gratuita e a lotação sujeita à capacidade da sala: 131 lugares.

dica do Moises Gomes

Brega bagarai

O Caesars Pocono Resort, em Lakeville, Estados Unidos, é para os pra lá de românticos. Além da piscina em forma de coração e as flechas de cupido, os casais apaixonados podem se banhar em jacuzzis que imitam taças de champanhe.
fonte: UOL

Em teu(s) seio(s), ó liberdade

A campanha da Cabana Cachaça, que exibe imagem de uma mulher nua apresentada como 'brasileira' provocou comentários no Blue Bus em maio, quando foi tema de um post no Adfreak, anteriores aqui. Agora está de volta. Foi citada mais uma vez em blogs americanos especializados em propaganda e midia. O Copyranter notou que a peça, veiculada como posteres em Nova Iorque, teve uma parte censurada. Está cortada no topo, para não mostrar o mamilo da modelo nua - compare nas imagens abaixo, os posteres e o anúncio original, veja ampliados aqui e aqui. O blog chama os EUA de 'terra sem mamilos'. A censura chamou atenção por conta da recente restrição das TVs americanas a um comercial de perfume da Calvin Klein, tambem pelo mesmo motivo, nota anterior aqui. fonte:Blue Bus

Mago(s) da prosperidade

Enquanto o Espírito Santo procura convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16:8), certos pregadores apregoam a teologia da prosperidade.

O problema não é de hoje. É multissecular. O profeta Jeremias fazia o que podia para convencer os reis e o povo de Israel da famosa tríade que estava para chegar a qualquer momento: a guerra, a fome e a peste (Jr 14:12; 21:7; 24:10; 27:8; 29:17; 32:24; 34:17; 38:2; 42:17; 44:13). Enquanto isso, o profeta Hananias, no mesmo lugar e par ao mesmo público, profetizava “prosperidade” (Jr 28:9, NVI e BP), ou “paz” (NTLH, ARA e BV), ou “felicidade” (tradução da CNBB). Um e outro usavam a mesma tradução: “Assim diz o Senhor”.

Uma das notas de rodapé da edição catequética explica: “Os falsos profetas lisonjeiam habitualmente o povo com promessas de prosperidade”. Outra nota, dessa vez da Edição Pastoral, reforça: “Hananias é um falso profeta que recorre a demagogia, procurando dizer o que os ouvintes gostam de ouvir e não aquilo que o povo precisa ouvir”. Uma terceira nota de rodapé insiste: [“A prosperidade é] em geral a mensagem de falsos profetas” (Bíblia de Estudo NVI).

Jeremias não é o único profeta impopular de Israel. Todo verdadeiro profeta, por uma questão de compromisso, quase sempre diz o que não agrada. Mas sempre diz a verdade!

fonte: Ultimato
colaboração: Marcio Rocha

Pobres moços (45)

Mensagem no celular de Mohammed Dali Carvalho dos Santos, principal suspeito de matar e esquartejar a inglesa Cara Marie Burke, de 17, na semana passada, em Goiânia. Em entrevista nesta semana, ele contou o que sentiu ao mutilar o corpo da garota: "Nada, é igual cortar bife, só que fede sangue". A foto do corpo esquartejado está em vários sites e a comunidade cara maria burke-picadinho já tem 419 participantes. Ambos os perfis foram excluídos do Orkut.

O que tem para o jantar, querida?

Da série sobre armas insólitas usadas em brigas de marido e mulher. Recentemente tivemos um assento de privada, como alguns devem se lembrar. No passado, em Alagoas, uma toalha molhada ficou famosa. Já na Flórida, Amanda Trott preferiu usar uma lasanha congelada para agredir o companheiro.

fonte: blog Nonsense

Azar do seu ouvido

Depois da inefável Chuta que é laço, + uma "intertrepação" bíblica em ritmo de funk.

Fala que eu (não) te escuto

O pastor Irwin Alton, de 62 anos, surpreendeu muitos fiéis em seu sermão do último sábado em Peoria, Arizona, nos Estados Unidos. Tamanha foi a especificidade dos pecados mencionados do púlpito que certos fiéis ficaram surpresos se reconhecendo nas palavras do pregador.

– Quando ele falou sobre matar o serviço nomeio da semana para ir ao lago e comprar um novo barco, eu me senti pego em flagrante. Era como se o Espírito Santo estivesse falando diretamente comigo – disse um dos membros da igreja.

Qual foi o segredo de Alton para colocar tão bem o “chapéu” em seus congregantes? O MySpace. Acessando o blog do homem citado anteriormente, por exemplo, o pastor viu as fotos da pescaria em grupo.

Segundo o site Lark News, Alton, que cultiva a reputação de ser contra a tecnologia, é um leitor ávido das redes sociais e blogs mantidos pelos membros de sua congregação.

– Aparentemente eu sou meio tapado, mas a verdade é que sou bom nisso – disse o pastor.

Apesar de referir-se à internet como “rede mundial do desperdício” e ao correio eletrônico como "pecado eletrônico", o seu escritório, em casa, é um pequeno banco de computadores com mais de 170 sites nos favoritos. Entre eles, Twitter, MySpace, Facebook, LinkedIn, Digg e Flickr.

Semanalmente, Altom navega por estes sites durante horas, atrás de evidencias de comportamento questionável pelas pessoas de sua igreja. Ele toma nota das práticas e então as utiliza nos seus sermões de domingos.

O rastreamento chega às páginas de amigos de pessoas da igreja.

Foi assim que ele descobriu Emily Dotson, 31 anos, num bar local. Durante sua fala, Alton fez uma pausa, e disse:

– Alguns de vocês têm freqüentado lugares que, como cristãos, não deveria, como bares.

Emily ficou chocada:

– Ele estava falando diretamente para mim.Depois do flagra, ela admitiu e confessou ter ido ao bar, mesmo que uma amiga estivesse celebrando o aniversário.

Ao falar de comportamento pecaminoso, Alton eventualmente erra alguns detalhes ou divaga, tudo propositalmente, para não dar tão na vista. Mesmo nunca tendo afirmado que as suas mensagens vêm via espírito santo, muitos na igreja acreditam que sim.

– Ele acerta tantas vezes que só´pode ser de Deus – disse um homem, completando – nós viemos á igreja porque o pastor Alton é usado por Deus para falar a cada um de nós individualmente. É incrível.

No caso de uma família, os Bixbys, o monitoramento durou semanas. Alton acompanhava de perto as festas da filha do casal pelo MySpace. Até que um dia, disse que alguns pais precisavam cuidar melhor das companhias dos filhos, antes que eles fizessem algo grave. Na mesma semana, os pais conversaram com a filha.

– Sentimos que se Deus era tão misericordioso para falar conosco de modo profético, nós deveríamos fazer algo – disse o pai.

Mesmo enganando magistralmente seus fiéis, contribuindo para uma impressão errada entre os membros da igreja, Alton disse que não tem dores de consciência em não revelar suas “fontes”.– Se eles não conseguem ligar o que eu digo com o que eles publicam na internet, então, talvez, Deus esteja realmente falando com eles. E eles certamente têm me tratado com mais respeito agora.

fonte: Clic RBS [via Gospel +]

5.8.08

Defraldação

Os banheiros das instalações olímpica estão excelentes nesse período prévio, com voluntários e faxineiros se revezando na limpeza a cada usuário. Mas quando a Olimpíada e a concentração humana começarem, ninguém sabe como vai ficar. Mas os torcedores chineses não devem estar preocupados, afinal, estão acostumados em viver com uma multidão em volta (1/5 da população mundial vive por lá) e com filas imensas. Até adotaram uma estratégia inusitada: a fralda de adulto. A tática é especialmente aplicada nos feriados nacionais, como no Ano Novo chinês, quando 300 milhões de pessoas viajam para visitar a família, superlotando banheiros de estações e trens. É o maior movimento migratório anual do mundo. O curioso é que as crianças de colo não usam tanta fralda como no Ocidente. É comum ver nas ruas de Pequim meninas e meninos que recém andam ficarem de cócoras para fazer a necessidade ali mesmo.
fonte: blog dos enviados [não confundir c/ blogs de são-paulinos]

Muito além do segredo

Os recém-casados de Moscou, na Rússia, encontraram uma maneira diferente de tentar eternizar o amor. Após o matrimônio, eles vão à ponte Luzhkov, conhecida como "Ponte dos Amantes", e colocam um cadeado em uma das árvores de ferro do local, informa a agência AP nesta quarta-feira.

A novo credo diz que o amor do casal durará enquanto os cadeados permanecerem fechados nas "Árvores do Amor". Para garantir que ninguém abra o coração de seus amados, eles jogam a chave da tranca no rio Moscou.

Quando a tradição começou, no verão passado, as autoridades serravam os cadeados por julgarem que prejudicavam a decoração da ponte. No entanto, devido à grande quantidade de cadeados de todos os tipos e tamanhos que eram colocados no local, a administração da capital russa decidiu permitir que a mania prosseguisse.

Agora, a prefeitura planeja "plantar" uma alameda de árvores ao longo do Canal da Liberdade do rio Moscou.

fonte: Terra

Médium abordado pela PM não escapa do bafômetro

Não são apenas os fãs do happy hour que terão de mudar seus hábitos com a nova Lei de trânsito, que proíbe o consumo de álcool pelos motoristas. Os adeptos de alguns cultos religiosos também terão de dar um jeito de adaptar os rituais em terreiro brasileiro.

“Duro vai ser explicar isso para Exu, Zé Pilintra, Pomba-Gira e outras entidades de esquerda que fazem uso da bebida em cerimônias religiosas”, escreve-nos o internauta Ricardo Aguiar, 42, de Brasília.

Aguiar diz ter sentindo na pele a intolerância das autoridades. “Há 10 anos, repito o mesmo ritual: vou para o terreiro, incorporo minha entidade, que toma uma ou duas doses de cachaça, dá sua ajuda e vai embora. Nunca tinha tido problemas”.

Na madrugada da última sexta-feira, entretanto, o médium voltava da tradicional cerimônia quando foi abordado por um policial. Ainda vestido a caráter, capa preta e chapéu – “estava muito cansado para trocar de roupa àquela hora” –, recebeu da autoridade a ordem de apresentar a carteira de motorista, documento do carro e “certo olhar de través”.

“Ele me perguntou se eu estava fantasiado de mágico”. Surpreendido com o que chamou de desrespeito, Aguiar diz que ainda tentou explicar. “Relatei que não tinha tido tempo para tirar a roupa do trabalho. O policial retrucou com ironia: e você trabalha onde, no circo?’. Fiquei chocado”.

É, parece que o santo do guarda não bateu com o do Aguiar. “Com a provocação do policial, senti uma vibração diferente. Minha entidade já estava ali, pronta pra baixar a qualquer momento. Respirei fundo e tentei remediar: ‘não, senhor, trabalho numa casa espiritual. E não estou querendo ensinar o seu trabalho, mas seu comportamento pode configurar preconceito religioso’. Disse e citei um trecho da Constituição Federal, que já trago na ponta da língua para essas ocasiões: ‘A Constituição Federal consagra como direito fundamental a liberdade de religião, prescrevendo que o Brasil é um país laico. Com essa afirmação queremos dizer que, consoante a vigente Constituição Federal, o Estado deve se preocupar em proporcionar a seus cidadãos um clima de perfeita compreensão religiosa, proscrevendo a intolerância e o fanatismo”.

Pode ser que o policial tenha achado a decoreba constitucional do Aguiar além da conta, pois teve a idéia de perguntar: “Você, por acaso, bebeu?”. O médium corrigiu: “eu não, meu Exu bebeu”.

O policial sacou o rádio, pediu reforço, o bafômetro e completou:“Art. 277. Todo condutor de veículo automotor, envolvido em acidente de trânsito ou que for alvo de fiscalização de trânsito, sob suspeita de dirigir sob a influência de álcool será submetido a testes de alcoolemia, exames clínicos, perícia ou outro exame que, por meios técnicos ou científicos, em aparelhos homologados pelo CONTRAN, permitam certificar seu estado”.

Os dois cruzaram olhares de guerra. Seguiu-se, então, a seguinte discussão:

Aguiar: “não há nenhum artigo na nova legislação que proíba entidade espiritual de beber”.PM: “não há nenhum artigo que autorize entidade espiritual beber. Reze pra sua levar o álcool todo pro além, caso contrário você está encrencado”.

Quando o coronel da PM trouxe o bafômetro, Aguiar concordou em assoprá-lo. Deu lá coisa de 0,1 decigramas, um a menos que o permitido por Lei.

Inconformado, o policial chacoalhou o bafômetro, reclamou de um possível defeito e pediu que o suspeito assoprasse novamente. Já com cara esquisita, o médium deu uma baforada mais profunda que sujeito que pratica apnéia. “Os números do bafômetro foram crescendo, segundo a segundo, como num cronômetro. Já não era eu”, relata Aguiar.

Espantado e pressentindo estar diante do sobrenatural, o policial recorreu ao superior. “Não disse? Veja só, ele está bêbado!”

“Bêbado o quê?”, disse Aguiar, que já tinha deixado de ser Aguiar até na voz. O policial ficou arrepiado. “Quem bebe aqui sou eu, não meu ‘aparelho’. Deixa a gente ir embora, caso contrário o bicho vai pegar pro seu lado”.

O policial era teimoso. “Só faltava essa. Agora basta fingir que está incorporado para fugir da Lei. Já pensou se a moda pega? O que vai ter de Exu e Pomba-Gira saindo de balada não vai ser fácil”.

“Exu Tranca Rua”, saiu da boca do médium. “Seu coronel, seu funcionário é mesmo muito competente. Podia até ganhar uma promoção. Nas noites que o senhor está de plantão, ele faz uma retaguarda lá sua casa, juntinho de sua esposa”.

O policial queria dizer que era mentira do Exu, intriga, mas a palidez do rosto serviu como confissão. “Não é o que o senhor está pensando...”

“Pois é sim”, continuou a entidade. “Depois dizem que eu é que tenho chifre. Se o senhor pudesse ver o tamanho do seu”.

Quando o Aguiar voltou totalmente a si, encontrou um festival de socos e palavrões. “Eu, que não tinha nada a ver com aquilo, fui embora. Mas, enquanto a legislação não prevê exceção para as entidades, reproduzo a recomendação dos mentores espirituais: se incorporar e beber não dirija”.

Fonte: Webmotors
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